Decisões

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DIAS DEPOIS ...

Pov. Lucy

Hoje a minha princesinha completa 15 dias de vida, 15 dias desde que a minha existência passou a fazer sentido novamente.

Minha mãe ainda está na cidade, ela deu um jeito de resolver algumas coisas pendentes na empresa pra poder ficar mais um pouco comigo já que eu não quis ir com ela pra Newark, em Nova Jersey.

Ela insiste em dizer que eu devo me afastar de tudo o que tenha relação com a Verônica.

Eu até entendo, mas não quero sair daqui, eu amo Miami e meus amigos estão todos aqui, querendo ela ou não os Iglesias se tornaram a minha segunda família, e mesmo depois do que aconteceu eu não acho justo afastar a Luna deles, eu não teria coragem de privar a minha filha de crescer longe de qualquer convívio com todos eles como é o desejo da minha mãe.

Eles tem vindo aqui, Addison, Valéria, Dyson, e a Verônica também...

No dia em que voltei pra casa avisei a Addison que a Verônica poderia vir aqui visitar a Luna porque a filha também é dela e eu querendo ou não devo deixar que ela veja a menina.

Desde então ela tem vindo quase todos os dias, as vezes pela tarde outras a noite, isso porque ela diz que não pode vir sempre no mesmo horário porque depende de quando não está trabalhando e as vezes precisa fazer plantão, eu sei como isso é complicado e por isso não vi problemas em aceitar, já a minha mãe...

Não sei como uma pessoa pode implicar tanto assim com outra, ela simplesmente vai contra tudo que diz relação a Verônica e isso vem desde o primeiro dia em que elas se viram. Eu tento não dar importância pras coisas que ela fala, mas é impossível não me afetar diante algumas situações.

Enfim... Mesmo estando com frequência perto da Verônica, nós duas não conversamos mais do que o suficiente, na verdade nós praticamente não nos falamos desde aquela última vez ainda no hospital.

Quando tínhamos que registrar a Luna, eu à avisei durante uma das visitas e ela apareceu no cartório no horário combinado, quando entrei ela já estava lá dentro nos esperando.

Apenas à cumprimentei com um simples "Oi" e quando precisei assinar o documento depois dela ter feito, pedi pra que ela segurasse a bebê e depois na saída eu agradeci por ela ter ido, ela apenas disse sutilmente que não havia feito mais que seu dever.

Me perguntou se eu estava de carro e se precisava de ajuda com a bebê, eu respondi que a minha mãe estava me esperando no estacionamento e então ela apenas assentiu, deu um último beijo na Luna e a entregou pra mim antes de ir embora.

Essas foram as únicas vezes que falamos mais que uma única palavra.

No entanto Verônica foi ainda mais monossilábica, além de evitar olhar pra mim, falar comigo ou se aproximar mais que o necessário.

Eu não tinha o que reclamar, sabia perfeitamente que a forma como a tratei no hospital foi o motivo pra ela ter agido daquela forma.

Quando ela chega aqui em casa vai direto pro quarto da Luna, fica com ela por longos minutos até que eu precise amamentá-la ou trocar a fralda.

Addison sempre esteve presente durante as visitas dela mas à quatro dias atrás e durante mais alguns será diferente, a minha ex-cunhada está aproveitando as férias em Milão junto de alguns amigos.

Vou sentir falta dela, Addi tem sido a melhor companhia do mundo nesses últimos meses, mas fico feliz que ela tenha ido se divertir, depois de estudar tanto é mais que merecido.

Ela me disse que com certeza voltaria antes do Natal, porque vai passar aqui com a família dela e também porque não iria aguentar de saudades da sobrinha e não queria ficar muito tempo longe dela.

Paixão e Poder - Universos opostos (Camren - G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora