Depois do fim (MyM)

Capítulo 13

Mia ouve um telefone tocando distante, até que percebe que é o seu celular. O dia parece estar alto, a claridade invade o quarto, seu corpo mostra o quanto as últimas horas foram divertidas. Miguel ressona no outro lado da cama, tão tranquilo e sereno. Mia acha o celular no meio da bagunça do quarto e atende.

"Oi alminha! Bom dia!"

"Mia, onde vc se meteu? Nós já estamos indo embora! São 15h da tarde!"

"Eu acabei dormindo demais, mas não se preocupa que vou chegar na capital. Pode ir tranquila, não se preocupe!"

"Mia Mia, o que você tá aprontando??"
"Nada, mãezinha, Miguel e eu acabamos passando um pouco do ponto e estamos cansados, nada demais."

"Aí aí vcs dois! Se cuidem, por favor!"

"Pode deixar! Boa viagem, alminha, beijo no Daddy"

Ao desligar o telefone, Mia percebe que Miguel acordou.

- Te acordei? Desculpa

- Não se preocupe, acordamos meio tarde né?

- Sim, todo mundo já voltou pra capital.

- O que você acha de ficarmos mais um pouco por aqui e aproveitarmos o resto do domingo? Podemos ir pra capital amanhã cedo. Eu tô de carro.

- Acho perfeito, assim eu posso dormir um pouco mais!

- Mia, essa não era a minha ideia para "aproveitarmos mais"

- Mas vai ser gatito, você me destruiu ontem! Quero trégua!

- Tá bem, mas a noite vamos descer para jantar.

As cortinas black-out deixam o quarto escuro e os dois voltam a dormir.

Acordaram por volta das 20h e depois de muito Mia reclamar que não tinha roupa para ir ao restaurante da pousada, pediram serviço de quarto e optaram por jantar na varanda.

- O que você sentiu ontem? Quando estava cantando. Acho que você nunca pensou que cantaria de novo - Diz Mia

- Eu não esperava voltar a cantar, ainda mais com toda a RBD. Mas admito que já me peguei sonhando em cantar pra você.

- Ahh mas é muito romântico mesmo, lembrei agora da sua serenata com o Diego, nossa eu toda boba apaixonada, mas tive que fingir que odiei tudo.

- Pra você ver as vergonhas que a gente faz quando é adolescente

- Verdade, mas eu sinto falta da inocência e da simplicidade que eram nossas vidas.

- isso não temos como negar. Não tinha tantas responsabilidades e mesmo assim achávamos muito difícil sermos nós hahaha

Mia dá um tapa em seu braço rindo da referência a sua icônica frase.

- O que nós vamos fazer, Miguel?

- Como assim, Mia?

- Nós, o casamento já passou, a partir de amanhã nossas vidas voltam ao "normal", onde isso aqui que estamos vivendo vai se encaixar?

- Vamos conseguir, Mi amor. Basta querermos.  Eu sei que quero ficar do seu lado e vou lutar por isso.

- Não é assim, Miguel. Como eu posso confiar que o nosso passado não vai se repetir? Ainda mais com os dois vivendo de ponte aérea?

- Mia, eu te amo. Eu não sou mais o moleque abusivo que era há 10 anos. Você tem todo o direito de se sentir assim, eu fiz por merecer essa desconfiança, mas não existe mulher nesse mundo que me faça errar com você novamente.