3- Humilhações

104 6 4
                                    

Estou pronta.

Coloquei uma calça que fica linda no meu corpo e um cropped. Não acredito que eu esteja fazendo isso por causa de um cara.

Nós mulheres Nos preocupados tanto com isso que chega a ser preocupando, queremos estar bem vestida para que aquele cara nos observar.

Infelizmente eu voltei com isso. Tudo bem que, eu estava super decidida de que eu não queria ninguém na minha vida, e que estou bem solteira. Não que eu esteja mudada dessa situação, mas as oportunidades aparecem e eu não vou perder essa.

Cheguei na aula e infelizmente ele ainda não tinha chegado. Fui sentar no canto da sala para poder carregar meu celular, sentei uma cadeira a frente da onde ele e os amigos deles ficam.

Os amigos dele já haviam chegado, fiquei fingindo mecher no celular.

Até que ele entra na sala. Não levantei o rosto, mas provavelmente ele deve ter me observado, até porque eu não estava em meu lugar de normalmente.

Fiquei mais uns cinco minutos aonde eu estava carregando meu celular para fingir que foi realmente só por isso que estava ali.

Tirei o carregador da tomada e me levantei, ok agora era a hora. Eu estava nervosa, mds pq eu estou agindo assim? Ele nem é aquilo tudo relaxa.

Fingi estar indo pro meu lugar e lembrar de algo e voltar e parei na frente dele, que estava mechendo no celular. Ele voltou seus olhos pra mim, e seus amigos também. Mas eles voltaram pro celular deles, mas eles estavam atentos no que ele ia falar pra ele.

Fiquei um pouco nervosa e acabei me embabacando no que ia falar. Droga!

- Oi!! Tudo bem? Acho que ontem você acenou pra mim, deu oi sabe e eu acabei não vendo haha.

Ele me observa com duvida e os amigos dele só observando de canto fingindo que não estão nem aí.

-Oi, ontem? Quando foi isso?

Comecei a sentir um nervoso, ele estava mentindo? Ou fingindo? Não entendi. Já comecei a pensar que não deveria ter vindo falar com ele.

-Ontem no intervalo, minha colega falou que você acenou pra mim e eu acabei virando bem na hora.

Ele ficou pensando em dúvida.

-Não lembro, deve ter sido.

Merda, mas que merda. Senti todo o nervoso subir pelo meu corpo e me consumir inteira. Caralho cala boca e vai embora, de verdade.

-Ah entendi, bom então Oi e desculpas.

Depois disso tentei um sorriso querido e fui para minha carteira sentei e já comecei a falar com uma amiga como se nada tivesse acontecido.

Percebi pelo canto do olho que logo quando eu sai, ele e os amigos dele se entre olharam e começaram a rir e conversar.

Droga, MAS QUE DROGA. Sério, eu queria ser querida e boazinha! Pra que? Pra ser humilha por 3 homens idiotas.

Ele que se foda então, mulher consegue ser tão sensível enquanto a isso. E homem consegue ser tão idiota em relação ao sentimos alheios.

Eu já deveria saber que aquele cara não ia ser bom, até porque ele só vai na onda dos amigos dele.

Acho que estou lendo fanfic demais, sério, porque eu achava que ele viria conversar e loucamente se apaixonar por mim e me levar na moto dele e fazer loucuras comigo por aí caso alguém encostasse um dedo em mim.

Eu tenho a mania de achar que todos me acham bonita ou algo assim. Porque sempre me falaram que eu era bonita e sempre me enalteceram pra eu poder ter esse ego. Pelo jeito estou errada e vou ter que tirar esse pensamento.

-Quarta Feira-

-Não acredito que ele fez isso!!! - Diz Lívia indignada colocando um pedaço de pão na boca.

-Pois é, eu tentei ser querida e tudo mais. Mas pelo jeito esse idiota não merece minhas desculpas - Eu contei toda a situação para minhas amigas.

Elas tinham que saber o que aconteceu, até porque elas sabiam que ele acenou pra mim, elas estavam no direito de saber a fofoca completa.

-Mas eu vi!! Eu juro que eu vi ele acenando pra você é sério! Que babaca- Diz Ana se alterando

-Ei relaxa, eu também percebi que ele ia fazer algum sinal. Não acho que você mentiu, tá tudo bem.

Elas continuaram discutindo por um bom tempo. Se eu estava cansada de falar sobre o assunto? Acho que não.

Eu sou do tipo de pessoa que tem que falar várias vezes a situação, porque pra mim, a coisa mais simples sempre vai ser algo super dramatizada, adoro fazer isso. E amo pessoas que dão ênfase à minha história.

- Estou decidida a ignorar ele completamente! Não é assim que eles correm atrás?

-Exatamente amiga, eles só dão bola pra você se você realmente ignorar eles - Diz Carol

-Ok alunos, vamos começar a aula! Vou fazer a chamada primeiro aqui!

O professor fez a chamada bem tranquilo, até algo chamar a nossa atenção.

-Henri! - O professor chama e começa a olhar pela sala. - Henri?!

Ele olha para seu computador e relaxa seu rosto e fala sozinho.

-A sim, esses meninos vão começar agora, deu falha no sistema.

Eu olha para minhas amigas; que estavam com a mesma cara que eu. Sem entender o que estava acontecendo.

- Como assim falha no sistema? - Diz Carol

- Isso não faz sentido, eles vão começar só agora, depois de 2 semanas depois de aula?

Ficamos sem entender nada, até porque eles deveriam ter iniciado junto conosco caso tenham colocado essa matéria.

Mas enfim, deixamos isso tudo de lado, até porque deveríamos prestar muita atenção na aula desse professor, até porque a matéria dele é mais difícil que o normal.

Mas foi impossível isso, quando aquela maldita porta da sala se abriu e Henri e seus amigos entraram.

-A bem vindos, fiquem à vontade, estranho vocês terem demorado pra entrar nessa matéria.

-Pois é, foi um erro que deu lá com a inscrição. - Fala um de seus amigos.

-Tudo bem, entrem e durante a semana vocês podem pegar com algum colega ou uma colega os assuntos das outras aulas.

Nisso percebi que seu olhar encontrou o meu e fingi que voltar a escrever algo no meu caderno. Estava apenas rabiscando para evitar contato visual com ele.

Tentei parecer confiante e engolir o passado, ou pelo menos eu deveria parar de fingir que foi algo tão exagerado assim.

Quando a aula acabou fui uma das primeiras a sair e consegui pegar o elevador aberto e fui direto para meu carro pra ir para casa!

Pronto, esse pesadelo já foi. Agora as próximas terças e quartas; serão meus dias ruins. Ou será ao contrário?

Omitindo Desejos Onde histórias criam vida. Descubra agora