Omitindo Desejos

15- O inicio de nossas vidas

                           Elenor

-Sexta Feira-

Estava cada dia mais cotando os minutos para poder estar com Henri.

E meu trabalho parecia que não ia acabar nunca.

Quando estava prestes a dar o horário de ir embora um cliente liga.

-Boa tarde! Como posso ajudar?

-Olá gracinha, você é a próxima encomenda....

E desliga o telefone.

Acabo não entendendo a situação pois não entendi direito o que ele havia falado.

Mas era uma voz que arrepiava até os ossos.

Peguei minhas coisas e estava indo para o carro dos amigos de Henri, essa semana eles estavam me levando pra faculdade.

Sempre passava todo dia pelo estacionamento corporativo primeiro. Onde ficavam alguns caminhões e despachavam as caixas e encomendas.

Estava respondendo minha amiga no celular enquanto caminhava e senti algo no meu rosto, um pano estava cobrindo minha boca e meu nariz, não vi quem estava atrás de mim.

Simplesmente começo a perder a visão e sinto meu corpo enfraquecer.

Até que eu apago.

Acordo totalmente atordoada, ao lado de um carro e vejo um corpo distante falando no telefone.

Estava com uma fita na boca, meus pés e mãos amarrados.

Merda.

Tento olhar ao redor aonde estava, quando comecei a recuperar a visão.

Estava no estacionamento abandonado. Merda, aquele local não tinha um sinal de sinalização a pelo menos uns 6km.

Nunca iam me encontrar aqui.

Até que vejo o corpo de aproximando de mim e consigo enxergar quem era.

Dereck.

Ele se agachou ao meu lado e ficou me observando com um rosto sarcástico de sempre.

-Olá princesa, acordou?

Tento gritar mas a fita não deixava emitir quase nenhum som.

-Ah não precisa se desesperar, o seu namoradinho já está vindo. E sabe o que está aqui embaixo do meu carro?

Fico prestando atenção no que ele falava enquanto me debatia para tentar sair daquela situação.

-Exatamente! Explosivos.

Olho completamente assustada para ele e paro de me debater.

-Quando ele chegar perto para te salvar; eu irei apertar esse botão que está na minha mão, e KABUM

Ele começa a encenar a situação toda rindo como se fosse uma incrível piada.

Como a me desesperar ainda mais quando ouço barulho de carro.

Ele estava vindo, não!!!

Dereck ia matar nós dois.

Ele se manteve em pé ao me lado enquanto esperava Henri subir.

Enxergo luzes ao longe e vejo o carro de Henri parado no outro lado do estacionamento.

Ele sai do carro e fica ao lado do carro mesmo.

Seus olhos surgem uma fúria que nunca vi, quando ele me viu naquele estado e Dereck ao meu lado. Ele não fala um A, apenas fica olhando Dereck como se fosse capaz de matá-lo agora mesmo.

-Bem Vindo! O show esta prestes a começar!!

Dereck começa a dar pulinhos de satisfação.

-Mas eu quero dar um fim logo nisso, então, venha buscar sua garota.

Quando ele fala isso, ele me dá um leve empurrão com o pé, insunando um chute.

Henri fica extremamente furioso e começa a vir em nossa direção.

Tento gritar o máximo que conseguia para ele não chegar perto de mim pois iríamos explodir.

Mas acho que não precisei de muita esforço.

Só consigo ouvir sons de tiros.

1,2 3 e 4 tiros no total.

Quando olho para o lado desesperada, vejo Dereck no chão ao redor de uma poça de sangue e Henri correndo na minha direção.

Ele estava mais desesperado que eu, ele desamarra as cordas dos meus pés e mãos, e tira a fita na boca cuidadosamente.

Ele não fala nada mas me puxa para um abraço forte e só consigo sentir sua respiração ofegante.

-Ele colocou explosivos no carro, fiquei desesperada achando que você ia chegar perto.

-Não sou tão burro assim Elenor.

Ele da um respiro fundo e logo me solta devagar, tirando uma mecha do meu rosto e colocando atrás da orelha.

-Acabou, agora podemos ser nós mesmo, sem medo. Sem perseguição ou sumiço!

Ele me da um sorriso largo e devolvo para ele um também.

Ele me pega no colo e começo a dar risadas da situação.

Incrível como ele conseguia me carregar como se eu fosse apenas um travesseiro.

Ele me coloca dentro do carro e finalmente fomos embora.

-Meu pai acobertar toda essa situação, então vai ficar tudo bem.

Ele fala colocando a mão na minha coxa.

E essa foi a história de como conheci o meu namorado e a nossa história perturbadora.

Após toda a situação a polícia apareceu no local. E não resultou em nada.

E depois o pessoal continuou a correr de carro tranquilamente.

Comecei a ir nas corridas com Henri, e adorava ver que ele estava se destacando cada vez mais lá dentro e sempre no pódio das corridas.