13- Finalmente com você

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Vou andando devagar pelo bairro. Era um bairro muito nobre.

Fixo olhando o GPS me dando as instruções e as sigo corretamente.

Depois de 20 minutos chego na casa dele.

Era no final de uma rua sem saída, a casa era enorme;portões grandes e com um estilo contemporâneo, muito bonito.

Desligo meu carro; desligo o GPS e observo um pouco a casa.

As luzes estavam acessas, sinal de que havia alguém em casa.

Se ele não me atendesse os pais deles me atenderiam de certeza.

Saio do carro e tomo a coragem necessária.

Bato palmas primeiro e chamo pelo seu nome.

-HENRI! ...... HENRI!

Continuo batendo palmas, até que alguém começa a destrancar uma porta que dava para o lado de fora da casa; ao lado do portão.

Henri sai pela porta e me olha com o rosto franzido.

-Tá fazendo o que aqui?

Meu coração começa a palpitar rápido fazia tempo que eu não o via; e ele simplesmente me trata assim feito um lixo depois de tudo que passamos?! Idiota.

-É sério isso? Você simplesmente some, não responde a minha mensagem. E agora me pergunta o que estou fazendo aqui? Tá brincando comigo né!

Ele chega mais perto de mim e tenta recalcular os seus pensamentos antes de falar.

-Estou com alguns problemas de família para resolver; minha mãe está doente e outros assuntos.

-E porque não me avisou?

Ele não fala nada, ele simplesmente fica parado me olhando, que pamonha, desengonçado e sem noção.

-Você sabe o quanto fiquei preocupada com você? Eu tentei ir atrás de você! E você nem para me avisar? Você é um idiota é isso que você é!!

Consegui sentir meus olhos se encherem de lágrimas e antes de dar meia volta e ir para o meu carro senti que precisava falar mais coisa.

-VOCÊ BRINCOU COMIGO ESSE TEMPO TODO! E eu caiu igual uma pata! Porque você me trata assim?! Você faz questão de me ter e simplesmente some do nada e me trata se eu fosse um lixo! PORQUE HENRI PORQ....

-PORQUE EU TE AMO ELENOR.

Ele avança com os pés pesadas e eu paro por um segundo. Não conseguia acreditar no que estava ouvindo e congelei.

Não conseguia esboçar uma reação, pois essa seria a última coisa que eu ouviria na minha vida.

-Eu estou tentando te proteger a todo custo de qualquer perigo ou mal que eu possa te fazer!!

Ele fala com uma aflição no rosto e articulando muito os seus braços.

-Você não acha que está fazendo errado me deixando de lado disso? E não me falar poha nenhuma??

Minha voz vacila enquanto eu falava, não sei se eu tinha forças o suficiente para entender o que estava acontecendo.

-Achei, achei que estava fazendo o certo em não te comunicar mas pelo jeito não! Dereck pegou minha irmã e tive que sair correndo aquele dia para buscar ela, fiquei o domingo interio atrás dela Elenor. Eu me vi desesperado porque ela é minha família e quando eu a peguei; eu sabia que se eu fizesse algo, ele iria atrás de você! E eu não poderia aceitar isso! Segunda minha mãe ficou mal; ela tem uma doença e tive que ficar com ela no hospital...

Consegui perceber o seu desespero em sua voz, Henri não era um idiota ou então um cara tímido ou pamonha. Ele era apenas um garoto assustado; que estava quebrado por dentro e estava tentando dar conta de toda a situação de sua família.

-Meu pai está em uma viagem e não está aqui pra ajudar a gente! A semana a toda esta sendo complicado. Pois temos uma richa enorme com a Família de Dereck! E ele não vai parar até alguém acabar com aquele desgraçado imundo...

Vejo seu corpo falhando de raiva e vários sentimentos guardados.

Vou correndo até ele e dou um abraço apertado; que ele recebo com vontade. Ele me abraça forte.

Senti seu corpo quente novamente e sabia que estava segura. Queria ficar agarrada em seus braços para sempre e nunca mais soltar.

Ficamos alguns minutos ali juntos até ele me desvencilhar-se colocar suas mãos em meu rosto e me falar; não falar, mas mandando.

-Me escuta Elenor! Vai para casa! Não saia de casa a não ser que você vá para a faculdade, de preferência vá com alguém junto!.... nao melhor...vou pedir para meus amigos começarem a ter buscar, para você não ir sozinha.

Ele me da um selinho desesperado e me solta novamente e olho profundamente nos meus olhos.

-Você está me entendendo?

Faço sinal de sim com a cabeça e ele me beija intensamente, tentando passar a mão por todo o meu corpo ligeiramente e logo já me solta e fico totalmente sem ar e sem palavras.

-Vai agora! Eu vou voltar pra você! Você é somente minha!

Dou um leve sorriso mas tentando esconder o desejo enorme que sentiu por ele e pelas suas palavras.

-Vai ficar tudo bem Elenor!

Eu faço sinal com a cabeça e vou em direção ao meu carro, abro a porta; mas antes de entrar olho novamente para Henri; que me observava lá do seu portão; com o seu outfit all Black.

-Eu também te amo Henri.

Vejo ele no escuro dando um sorriso leve e genuino; abaixa a cabeça e volta a me olhar de novo com um rosto mais leve.

Dou a partida no carro e vou embora, vejo que Henri ainda me observava enquanto eu saia da rua.

Chegando em casa tento inventar alguma desculpa para meus pais sobre a minha demora.

Faço algumas meditações para ficar tranquila e tentar esquecer o Henri nesses dias.

Omitindo Desejos Onde histórias criam vida. Descubra agora