-Quatta Feira-
Odeio ele.
Qual o problema dele? Sério?
Fingi que não me conhece; que é um pamonha e depois de pouco tempo junto comigo já acha que está no direito de mandar em mim.
Porque ele não fica na dele, vai achar outra vagabunda pra incomodar.
Tentei ignorar a existência dele a aula toda. Funcionou, não tive um contato com ele.
Mas a aula estava muito chata e o professor decidiu que os últimos 30 minutos seria apenas para conversar. Então saí mais cedo.
Peguei minhas coisas e saí da sala, mas ao fechar a porta da sala me deparo com uma pessoa que achei que eu nunca mais iria ver na minha vida.
Meu ex estava lá parado olhando para mim, vou correndo para o elevador e ignoro ele.
-Elenor, não vai falar nada, nem um oi?
-Não tenho nada para falar com você!
Falo irritada e apertando o botão do elevador desesperadamente, demorava um século para vir.
Gustavo estava chegando super perto de mim. E o elevador não vinha.
Fui correndo para as escadas e comecei a descer rapidinho.
-Elenor espera por favor, você sabe que eu não tinha intenção de fazer aquilo.
Paro bruscamente em uma parte plana, que ficava em uma escada e outra.
Me viro para ele que estava vindo logo atrás e para na minha frente.
-Voce é um filho da puta. Não teve a intenção de me trair?
Olho para o chão furiosa e vejo ele tentando chegar perto de mim.
-Não chega perto de mim, seu escroto. Eu tenho um nojo de voce; por tudo o que você fez.
Enquanto falava eu começava a sentir lágrimas escorrerem pelo meu rosto. Aquele momento estava demorando uma eternidade para acabar.
Não ia conseguir ver ele novamente por muito tempo.
Ele segura meu braço e começa a falar de novo.
-Elenor, deixa eu me explicar por favor.
Ele tenta chegar perto me puxando pelo braço.
-Solta o meu braço.
Tento me soltar, mas infelizmente ele tinha mais força do que eu.
-PARA, está me machucando.
Tento me soltar chorando um pouco mais enquanto ele me trazia mais pra perto pronto para me dar um abraço.
-Chega dessa palhaçada.
Ouço alguém gritando lá de cima da escada e vejo Henri descendo rapidamente.
- Não te ensinaram que não devemos chegar perto do que não é seu?
Ele mal termina a frase e já chega empurrando Gustavo contra a parede. E se volta pra mim.
E olha com uma delicadeza para mim, ele olha eu esfregando meu braço que Gustavo havia apertado.
Estava vermelho, bem aparente. Ele olha nos meus olhos, consegui perceber sua fúria aumentando.
-Ele te machucou?
Eu tento falar mas acabo gaguejando um pouco.
-Na- não... tá - .. tá tudo bem...
Ele se vira rapidamente e dá um soco no rosto de Gustavo tão forte que ele se desequilibra e acaba caindo de cara no chão.
Henri se abaixa devagarzinho, esfregando uma mão na outra. Passando a língua da sua bochecha observando Gustavo com o rosto todo esfolado.
-Fica longe dela, está me entendendo.
Gustavo não fala nada; apenas da uns gemidos da dor.
Henri se levanta e dá um chute no estômago de Gustavo e fala mais alto
-Está me entendendo!!!
Gustavo tenta tirar qualquer voz que consegue de seu pulmão.
-Enten- di ...
-Ótimo!
Henri observa rapidinho Gustavo se enroscando no chão de dor. Antes de se voltar a mim.
Ele vem rapidamente e toca com toda delicadeza em mim.
-Você está bem?
Olho um pouco assustada para ele e assenti com a cabeça apenas.
-Vamos.
Ele pega minha bolsa devagar e segura a minha mão e me leva até o carro.
Ficamos em silêncio o tempo todo, até porque eu não sabia como reagir com toda essa situação.
Porque ele estava agindo dessa forma? O que ele quer comigo?
Ele abre a porta do meu carro, deixa a minha bolsa no banco e espera eu entrar
-Boa noite Elenor. Me manda uma mensagem se precisar.
-Mas eu não tenho o seu número.
Ele da uma risada leve.
-Você ainda não viu o bilhete que eu te dei aquela noite?
Faço uma cara de dúvida para ele que estava com um sorriso leve no rosto, me viro e pego minha bolsa e começo a vasculhar até achar o papel.
Abro o papel e estava escrito o número dele e seu nome ao lado.
Que cara mais espertinho não?
-Ata; beleza eu mando sim...
Olho para o lado e ele não estava mais ali. Já havia sumido.
Ok, dou partida no carro e vou embora.
Ele parecia um fantasma; sempre sumindo e aparecendo do nada.
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Omitindo Desejos
FanfictionDark Romance 🚫🌹 A Fanfic mais real que você lerá, Elenor não é idiota, mas ela também não é grosseira. Um garoto que parece ser tímido e inocente, mas até aonde ele consegue esconder isso. Fingir para suas amigas foi fácil, mas Elenor não consegue...