Sete meses depois...
Muita coisa aconteceu nesse tempo. Inclusive mudanças significativas na nossa vida. Rodolffo e eu conseguimos comprar uma propriedade próxima do engenho, mas agora temos o nosso próprio lugar.
Nosso menino já anda com habilidade e já diz muitas palavras. Ele é um bebê muito maravilhoso, encanta a todos com sua desenvoltura e inteligência. E advinhem? Ele é o vaqueirinho da mamãe e do papai. Adora um cavalo e já admira as vaquejadas quando o pai está disputando.
Minha mãe não viu nossa partida com bons olhos, mas aceitou por fim. Agora ela tem outro casal para lhe fazer companhia que é a Júlia e o João Pedro, juntamente com a Margarida filhinha deles que nasceu a uma semana.
Júlia e João Pedro passaram a gravidez dela inteira como bons amigos, mas ele resolveu vir morar com ela e minha irmã não recusou. Sem contato físico, segundo ela, mas eu tinha algumas dúvidas por que ele saia misteriosamente do quarto dela de madrugada.
Era um relacionamento engraçado e confuso, mas eles estavam satisfeitos, então ninguém tinha nada com isso. Ela mesmo muito jovem, se cuidou bem durante toda a gravidez e teve um parto maravilhoso.
Agora era tempo de eu cuidar da minha vida junto do meu marido e do nosso pequeno Joaquim.
...
- Acha que essa mesa ficou melhor aqui? - Rodolffo me perguntava enquanto íamos arrumando a nossa casa.
Eu não queria luxo, ele também não. O necessário era suficiente e tínhamos uma casa bem espaçosa com vários compartimentos, só de quarto tínhamos três.
- Ainda bem que não temos uma menina. - Rodolffo falou isso para mim do nada.
- Oxe... Por quê isso?
- As janelas daqui são muito baixas. Imagina como é fácil para pular.
Sorrimos um para o outro e ele veio me beijar.
- Eu se fosse tu não contava muita vitória não... - disse insinuando e ele me olhou surpreso.
- Sério pequena?
- Eu acredito que sim. Mas só atrasei dez dias até agora, então pode ser um alarme falso.
Rodolfo me pôs no colo e me girou na nossa sala de janta. Eu ri tão alto que acordei Joaquim. O inocente estava dormindo.
- Mamãe... - ele disse do jeitinho dele, saindo da rede.
- Ôh bebê... Vem cá.
Fui encontrá-lo e coloquei no colo. Rodolfo depois tomou ele de mim e lhe dei inúmeros beijos.
- Quer um mano filho?
- Ou uma mana? - disse em seguida.
- Quelo não. - nós rimos.
Joaquim não queria um irmão, mas teria e não tinhamos dúvidas que ele iria amar igualmente ama a tia. Ele pediu para ir brincar e nós deixamos. Em seguida meu marido me olhou e disse:
- Nunca pensei que ia viver isso.
- Mas não era um plano casar e ter filhos?
- Até era, mas eu não tinha nem para mim. Eu já consegui muito e sou muito grato a Deus por isso. Sou muito grato por ter você.
- Juntos vamos conseguir muito mais do que temos hoje.
- Se estiver comigo o caminho é sempre bonito. Eu te amo!
- Eu digo o mesmo. Amo você e tudo que temos.
Ele me abraçou e Joaquim veio nos abraçar também.
FIM.
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História de um vaqueiro
FanficEssa história tem inspiração na música "Saga de um vaqueiro", porém com alterações ao longo da narrativa.