JAMES GRIFFIN
Eu estava em casa, sozinho, já que Beatriz fez questão de levar minha filha para sair no shopping alegando que tinha levado minha pequena para assistir a algum filme de animação no cinema, tinha umas meia hora que elas tinham saído e eu me sentia meio abandonado.
Uma culpa avassaladora me tomou. Será que foi assim que elas se sentiram nesses últimos dois anos enquanto eu me afundava no meu próprio martírio? Era doloroso pensar que elas se sentiam assim quando era um sentimento tão horrível.
Mas eu não queria pensar sobre isso se não acabaria me sentindo ainda pior do que já me sentia. Foi por isso que aproveitaria a saída das meninas para dar um mergulho no mar. O sol estava quente e isso era a coisa ideal para se fazer no momento.
Coloquei uma bermuda, uma camiseta, calcei meus chinelos de dedo e peguei toalha de banho para em secar depois que saísse da água.
Fui em direção à praia, passando pela estradinha de pedras que levava até a rua, onde atravessei e cheguei na calçada rente à areia amarelada. Tirei meus chinelos, já que era impossível andar com eles ali, e me aproximei de onde a área ficava molhada conforme as ondas vinham em direção a costa.
Olhei por um tempo, sentindo o vento gostoso me receber. Algumas lembranças desde exato lugar passando pela minha mente. Tirei a camisa rapidamente sem me deixar ser consumido pelo passado, dobrando-a e colocando-a em cima do meu chinelo e depois coloquei a toalha por cima da camisa para não sujá-la de areia.
Sem esperar mais, fui em direção ao mar, sentindo a água gelada nos meus pés, subindo até a minha canela e logo, toda a água cobria o meu corpo conforme eu mergulhava para o fundo. As ondas daqui eram calmas, quase não tinham muitas e quando tinha, não passava nem de um metro de altura.
Passei alguns minutos ali, dando braças e boiando vez ou outra, apreciando o sol quente na minha pele e o frescor da água salgada. Fazia tempo que eu ao menos chegava perto dessa praia, sempre que pensava em vir até aqui e nadar um pouco, Valerim tomava conta dos meus pensamentos.
Afundei, emergindo na superfície logo em seguida, passei a mão pelo cabelo, jogando para trás, mesmo que os fios curtos — nem tanto — não me obedecessem e logo caíam na minha testa.
Limpei um pouco da água do rosto e olhei em direção a areia, reiterando se minhas coisas ainda estavam lá. Mas minha atenção foi desviada para uma criatura de longas madeixas loiras e onduladas que estavam presas em um coque meio desleixado, sentada na areia e com um livro nas mãos que a tinha sua total atenção.
Emma estava vestida com a parte de cima de um biquíni preto que, mesmo distante, parecia não suportar a quantidade significativa que ela tinha de peitos. Eles não eram extremamente exagerados, mas aquele biquíni minúsculo os deixava bastante avantajados.
E eu não fazia ideia do porque estava reparando essas coisas nela sendo que Beatriz havia me dito que ela tinha um noivo, um que eu vi com ela ontem à noite.
Mas era impossível não reparar em como ela era linda. As curvas perfeitamente delineadas, com a cintura fina, os quadris mais largos cobertos por um short jeans claro. Até um cego conseguiria enxergar como essa mulher era absurdamente deslumbrante.
Depois de mais alguns minutos ali dentro da água, decidi sair, dando algumas remadas com os braços até chegar na parte rasa do mar. Firmei meus pés no fundo e comecei a caminhar para sair, passando a mão pelo cabelo e rosto para tirar o excesso de água.
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ℰ𝓈𝒸𝑜𝓁𝒽𝒶 𝒞𝑒𝓇𝓉𝒶
RomanceEmma Conway e James Griffin. Duas pessoas que tinham suas vidas estáveis, apesar de todas as dificuldades que a vida lhes traziam, e nunca imaginaram que o destino pudesse fazer com que se encontrassem em meio a milhões de pessoas. Mas quando Emma v...