SAFEST IN YOUR ARMS

twenty five

SAFEST IN YOUR ARMS

"EU TE AMO"

{' AMOR' }

— VOCE ESTÁ seriamente sem vontade de falar sobre isso? — Nia perguntou pela terceira vez naquela noite. Os postes de luz acima delas iluminavam seu rosto com um leve tom amarelo a cada poucos segundos.

O rádio havia sido completamente desligado pelo passageiro, algo que a motorista era completamente contra. Feixes de luz brilhante ocasionalmente refletiam sobre a pele de Samantha, lançando luz sobre sua expressão neutra. Ambas as mãos seguravam o volante, o que não era um hábito dela. Normalmente, ela dirigia com uma mão no câmbio e uma postura relaxada. Não era assim como ela parecia naquele momento.

O relógio abaixo da tela sensível ao toque marcava 20:34, duas horas depois de terem saído da casa da garota mais jovem. O céu tinha escurecido não muito depois que o Toyota Camry branco saiu da entrada e o tráfego pós-trabalho tinha drasticamente diminuído desde então.

As duas melhores amigas tinham ido buscar milkshakes e hambúrgueres do Boston, embora uma delas não tivesse comido muito. Elas comeram no carro e, por mais que Nia tentasse fazer a garota falar sobre seus sentimentos, ela evitava completamente o assunto. No início, o passeio de carro estava tenso, especialmente cada vez que Nia perguntava se ela estava bem, mas lentamente a garota mais jovem relaxou.

Quando chegaram ao restaurante de fast food, Samantha deu algumas mordidas no hambúrguer, mas acabou jogando tudo fora. A única coisa que ela bebeu foi seu milkshake de morango, que parecia relaxá-la completamente.

Até que ela recebeu uma mensagem de texto de Georgia. As duas estavam no meio de conversar sobre seus planos para o Dia de Ação de Graças quando o telefone dela vibrou. Ela esperava que fosse sua mãe, mais uma vez a repreendendo sobre sua pequena saída; ela havia ligado no caminho para Boston, mas Samantha não retornou a ligação até estacionarem. Ela ouviu sua mãe dizer que, por mais que a questão toda com Alexandra a estivesse incomodando, isso não lhe dava o direito de simplesmente sair sem um único adeus. Samantha rapidamente pediu desculpas e disse que não aconteceria novamente e logo depois, o tom de Ellen mudou. Ela sabia que sua filha não era do tipo que faria tais coisas, as únicas vezes em que a viu tão zangada foi quando Alexandra partiu, então não havia dúvidas de que era o motivo pelo qual ela estava irritada naquele momento também.

Na verdade, não era sua mãe, mas sim Georgia. Dizer que a notificação a chocou era um eufemismo. Ela não tinha ouvido falar dela há dias e elas não estavam exatamente em um bom lugar, então o fato de ela estar entrando em contato não fazia muito sentido. Embora ela mentisse se dissesse que não fez seu coração começar a bater mais rápido e seu estômago criar um tornado de borboletas.

Nia percebeu rapidamente que alguém especial havia mandado uma mensagem para ela e quando perguntou, Samantha a ignorou. A partir daquele momento até saírem do estacionamento, a morena continuou perguntando, mas Samantha ainda não conseguia encontrar palavras para contar a ela. Não quando sabia que Nia teria algo negativo a dizer e especialmente não quando ela nem conseguia processar o fato por conta própria.

Quando o carro parou na entrada da garagem, Samantha colocou o carro em ponto morto e finalmente virou-se para encará-la.

— Georgia me mandou uma mensagem. — ela finalmente confessou.

As palavras pareciam estranhas saindo de sua boca, era algo que ela achava que nunca mais diria. Ela não percebeu o quanto se fechou para a loira até então. Subconscientemente, ela desistiu de qualquer chance de ficarem juntas, não quando estava com ciúmes de Paul, mas quando viu o pequeno momento entre ela e Zion. Foi então que uma parte dela quebrou. Aquele pequeno fio que vinha puxando cada vez mais e que restava apenas como um pequeno laço, partiu-se ao meio. Havia muito peso, muito ciúme e muita dor para manter aquele fio unido.