The Colours of Our Hearts ~•Soukoku Old AU•~♡

°•And these are the colours of our hearts•° ~final

AVISO: CAPÍTULO EXTENSO

Muito obrigada por acompanharem essa fic. Espero que tenha conseguido fazer ela conquistar vocês. :)♡
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Na saída da delegacia, o chefe de polícia, Fukuzawa, não poupou cumprimentos aos dois rapazes. Aconselhou-os e os viu colocar os pés outra vez na rua, prontos para seguir o rumo de uma vida nova.

A verdade era que Whitby aparentava ter renascido depois daquela noite.

Tudo outra vez desabrochava, resplandecia com um fulgor da fresca manhã, o ar calmante típico daqueles meados de setembro representava uma corrente nova de esperança, carregando nas suas suavidades as folhas e pétalas das efêmeras belezas naturais que cercavam a cidade inglesa; o céu tinha a cor de uma aquarela, clareado depois das chuvas, de um azul pacífico embebido pela fluidez da luz solar que radiava esplendoroso deleite e uma beleza incomumente admirável.

As plantas características da época, decerto que as meio selvagens, derramavam suas flores pelas calçadas. As janelas e portas das casas de chá se abriam, quase que sorrindo para os pedestres, na direção da rua, convidando a vida a entrar.

Tudo recuperara a cor.

As casinhas pitorescas europeias eram uma coletânea de nuances silvestres, matizes culturais que decoravam a extensão das ruas, destacando-se os prédios públicos com suas alturas imponentes e as placas metálicas das lojas mais ricas. A paz emanava em cada canto. Isso provavelmente soa clichê, mas é fatídico: como o primeiro bater de asas da ave que se ergue de uma queda, triunfava então o espírito amável do sentimento de que tudo finalmente estava em seu devido lugar. O quebra-cabeças finalmente encaixado, da melhor maneira possível.

De braços enlaçados, como símbolo da vitória nesta história, desavergonhados de quem eram um para com o outro e os arredores como um todo, Dazai e Chuuya inspiravam aliviados aqueles ares donairosos do renascer veranil.

Chuuya tinha a beleza toda recuperada, mesmo que nunca a tivesse perdido, a liberdade e a juventude brilhavam novamente em seus olhos com vivacidade e ousadia, um sorriso torto e satisfeito de seu jeito costumeiro deixava suas faces da cor de mármore grego imaculado cinzelado de sardas encantador. Dazai, ao seu lado, o admirava com devoção, acima de tudo aliviado por poder tomar-lhe mão e mostrar, por um consenso discutido pouco tempo antes, a qualquer átomo que eles eram o momento, o tempo e a virtude de suas próprias vidas, juntos.

Por mais improvável que pudesse parecer, na delegacia não tiveram nenhuma complicação: colocaram ambos as cartas na mesa, detalhando o ocorrido com os detalhes dos quais eram capazes de lembrar. Fukuzawa foi-lhes complacente e com firmeza somente anunciou que o caso seria mais profundamente investigado, e que qualquer coisa os dois seriam chamados para ajudar a solucioná-lo da maneira mais correta.

Claro, não foi nada fácil para ambos revirar aqueles acontecimentos perturbadoramente incomuns, porém por tal nobre causa, de mãos dadas por baixo da pesada mesa da sala de depoimentos, intercalaram vozes e narraram os fatos, sem mentir, sem ocultar nada; a verdade justa, nua e crua. Chuuya teve um aperto no peito quando precisou dar as entrelinhas desde seu passado com Shirase, o que foi terrivelmente humilhante, mas a presença de Dazai o fortaleceu. Osamu não teve sentimento diferente ao revelar sua parte culposa na história toda, contando sobre a Academia de Arte e as confusões da juventude precoce, Odasaku e Ango, Fyodor e Nikolai. Só então deu-se conta como tudo perfeitamente se encaixava, algo notoriamente estranho, uma vez que vivera tais acontecimentos como um doloroso expectador de uma tragédia.

Uma tragédia que causaria inveja nos escritos de Shakespeare, na opinião do artista.

Depois de alguns minutos de caminhada silenciosa ao longo da tranquila rua, Dazai viu-se intrigado por uma pequena e inocente curiosidade momentânea, decidido a abusar da companhia do ruivo o quanto pudesse: