Sofia

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- Eu prometo que vou chegar bem em casa, eu só preciso passear um pouco, tomar um ar fresco

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- Eu prometo que vou chegar bem em casa, eu só preciso passear um pouco, tomar um ar fresco. - falei, olhando nos olhos de Louis, inexpressivos.

A ordem que ele recebeu era de me deixar em casa, mas eu gostaria de explorar a cidade mais um pouco e fazer isso como uma pessoa normal. Já que, desde que cheguei a Londres, só fui do meu apartamento para o de Thomas e estava em meus planos ver o Big bang.

- A senhorita não pode andar por aí, ainda mais depois dessas notícias. Foram ordens de Thomas. - insistiu ele, com seu terno e sua mesma expressão facil.

- Pelo jeito, não tenho escolha mesmo. - falei, bufando - me desculpe descontar isso em você, mas é tão frustrante. O Senhor deve me entender.

Louis pareceu entender minha situação, mesmo não expressando nada a respeito. Afinal, ele estava cumprindo ordens.

Decidi entrar no carro para não preocupar Thomas, já que ele tinha um grande ensaio pela frente e eu solta por aí poderia ocasionar mais problemas pra ele.

Chegando em seu enorme apartamento, um carro incomum estava parado na frente. Estranhei, mesmo já sabendo que vi esse carro em algum momento aqui. Eu sabia oque estava por vir.

- Louis, você sabe de quem é o dono desse carro? - perguntei, estranhando aquilo.

- Eu tenho algumas suspeitas, senhorita Sofia e elas não são nada boas, preciso ligar para Thomas - falou, pegando o celular.

- Não, senhor Louis, eu preciso resolver isso sozinha, oque quer que seja, tem haver comigo. - falei, decida a resolver aquilo.

Desci do carro com minh roupa simples e cabelo solto, como sempre gostei de andar. E dei de cara com uma modelo e atriz Mary. A ex namorada de Thomas.

- Já usa o motorista de Thomas? Que progresso para uma empregada. - disse ela.

- O que você está fazendo aqui? Achei que as coisas entre vocês tinham sido esclarecida. - respondi, chegando perto de onde ela estava.

Mais uma vez, ela me olhou como se eu fosse uma tendência antiga que ela tivesse superado. Aquela altura do campeonato, já não me importava mais com oque ela pensava de mim. Nem em como a imprensa pensa da minha relação com Thomas.

- Quanto dinheiro você quer? - perguntou uma voz nasal e irritante.

Pisquei algumas vezes, tentando assimilar a situação.

- Me desculpe? - perguntei.

- Quanto dinheiro você deseja... - disse ela, se aproximando de mim, com um olhar de ameaça como se fosse me derrubar ali mesmo - para sumir da vida de Thomas.

A minha vontade interior era destruir cada pedaço de seda do seu vestido. Mas me contive, eu não poderia de forma alguma dar aquele desgosto para Thomas.

- Eu não preciso de dinheiro seu, Mary, e de mais ninguém. Você mais do que ninguém deveria saber disso, já que como você bem sabe, Thomas terminou com você não por minha causa, mas por você ser quem você é. - retruquei.

Ela sorriu, me tirando ainda mais do sério.

- Você é nova, inexperiente, então vou te esclarecer uma coisa. Thomas gosta de desafios, ele é poderoso, famoso, faz oque quer na hora que quer e ele não é julgado. E você só é um brinquedo novo na vida dele que ele quer desvendar e depois que perder a graça, ele vai te descartar. - falou a moça.

- Mesmo você sabendo desse lado dele, porque faz tanta questão em tê-lo de volta? - perguntei, curiosa.

Mary Balagot sorriu, desafiando do meu bom senso e tirando sarro do meu auto controle. Aquilo era divertido pra ela.

- Bobinha, só estou aqui porque semana que vem é o nosso jantar de noivado. Mesmo ele pisando o pé e querendo terminar o relacionamento e eu postando aquilo na Internet para não sair como uma idiota traída, o noivado vai continuar porque tanto minha família quanto a dele, entrou de acordo com isso e não há nada que ele possa fazer, eu só vim te avisar, para você se poupar da vergonha.

Meu coração acelerou. Aquilo não podia ser verdade. Podia? Thomas gostava de mim, e tinha me garantido que os dois haviam acabado.

- Eu não posso acreditar em uma palavra que sai da sua boca, Mary. - falei, irritada ainda mais e confusa na mesma proporção.

- Não? Então veja com seus próprios olhos - disse, entregando um papel em minhas mãos.

Um convite.

Aquilo não podia ser real.

Um convite de casamento de Mary e Thomas.

Meu coração, por um instante, parou de bater.

Peguei as minhas coisas e entrei para dentro.

Um Famoso Amor (Cillian Murphy)Onde histórias criam vida. Descubra agora