> MARY HORVARTH <
Entramos para dentro de um saguão.
Todo aquele lugar era lacrado de todos os lados. Nada entrava ou saía dali. A não ser pelo portão que passamos.
Não sou fã de locais fechados.
Quando eu era criança, minha mãe me deixava trancada dentro de um baú com alguns furos. Sempre fazia isso quando brigava com meu pai. Eu não via nada, apenas ouvia os gritos e as agressões.
Na época eu não entendia o porquê daquelas brigas todas. Na medida que fui ficando mais velha, comecei a entender as coisas que aconteciam à minha volta. Submeti a lugares fechados como coisas ruins.
Meu inconciente submeteu a identificar o sexo masculino como algo ruim que tende a me machucar.
Foi um dos fatos que me fez começar e me relacionar com mulheres. Só depois de quase três anos de terapia, me curei dessa questão.
— O que querem aqui ? – perguntou um homem entre seus 45 /50 anos. Ele tem uma espingarda em mãos.
— Uma chance! – respondeu Rick.
— Tem algum infectado ?
— Apenas um dos nossos, mas demos um jeito nisso.
— Todos vão ter que fazer exames. – falou abaixando as armas – É o preço da admissão.
— Todos nós faremos! – afirmou Rick.
— Quando essas portas fecharem, não vão mais abrir. – o homem avisou. – Venha, o elevador fica para esse lado.
Confesso que aquela frase do homem me deixou intrigada. Ou era apenas a minha claustrofobia começando aparecer.
As portas se fecham atrás de nós. Sinto minha respiração ficar pesada. Temia em ter um ataque de pânico.
Meu avô pega nos meus ombros me conduzindo até o elevador.
Encosto no fundo.
Fecho meus olhos, respiro fundo. Não sentir o vento no meu rosto me fez ficar tensa. À medida que o elevador se movia, ficava com mais dificuldade de respirar.
Sinto alguém pegar na minha mão. Sem mesmo abrir os olhos, aperto a mão da pessoa. Aperto tão forte, que sinto minhas unhas enfiarem em sua pele.
Meu coração foi desacelerando, até eu conseguir respirar normalmente. Sentir alguém do meu lado, me acalmou. Era como se eu soubesse que eu não estava em perigo.
Abro os olhos, percebendo que eu tinha apertado a mão do Rick. Soltei sua mão, percebendo os sinais da minha unha em sua pele.
Rick me olhava preocupado.
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Crazy in Love > RICK GRIMES
FanfictionMary Horvarth, estava passando uma temporada na casa do seu Avô. Vê sua vida virar de cabeça para baixo, quando cadáveres se lavantam e comem pessoas. Se juntam com um grupo numa pedreira aos arredores de Atlanta. Além de lidar com a nova situação...