> MARY HORVARTH <
Eu estava paralisada, não sabia muito o que fazer. Mal conseguia me mover do lugar. Estava parada que nem um poste encarando meus pais, como se eu tivesse vendo o zumbi mais assustador na minha frente.
Nem eles me causam tanto medo assim.
Um filme passou pela minha cabeça. Às vezes o destino gosta de nos pregar uma peça.
Saio do meu transe, quando a Judith chora. Eu tento acalmá-la, a embalando nos meus braços.
— O que é isso ? – perguntou meu pai apontando para a neném.
— É um bebê! – sou grossa. – Nunca viu um ?
— Foi seu avô que te ensinou a ser mal criada assim ? – me encara, apenas o ignoro. – Só queria saber o porque tem um bebê nos seus braços. Não venha me dizer que ficou caridosa e resolveu criar filhos dos outros!
— A bebê é minha filha! – respondi. – Eu estava grávida! Ganhei ela há três dias atrás.
— Posso pegar ? – disse minha mãe se aproximando, pegando a neném dos meus braços. Fico com um pouco de receio em entregá-la. Mas era minha mãe, penso que não tentaria nada contra a vida da própria neta. Mesmo com o pouco de receio, deixei que pegasse a menina dos meus braços. – Ela se parece com você...
Abre um sorriso, olhando para a pequena.
— Ao menos assim, sei que não é mais tanto uma decepção. – disse meu pai se servindo um copo de bourbon. Ele nunca aceitou bem o fato de eu ser bixessual. Ele tem preconceito com tudo o que é diferente na sociedade. Sempre ocorreram boatos de que meu pai tinha um filho fora do casamento, mas nunca o assumiu por ser filho de prostituta. Minha mãe até chegou a procurar sobre algo sobre esse assunto, mas nunca encontrou nada concreto. – Ao menos para isso o velho serviu.
— Sebastian! – minha mãe chama sua atenção. – Acabamos de reencontrar nossa filha, não seja tão duro assim.
— Não se preocupe Mama! Já estou acostumado com o jeito do meu pai. – forcei um sorriso no rosto.
— Ao menos ela entende! – caminha até uma mesa. – Eu só não esperava por uma criança bastarda, mas vamos dar um jeito nisso. Venha Mary, vamos comer!
— Minha filha não é bastarda! – digo me sentando na mesa. – Eu e o pai dela estávamos juntos, antes de me separar do grupo.
— Claro, errei, me desculpe. – toma um gole da bebida. – Só espero que não tenha se envolvido com gente de cor.
— Você me dá nojo! – resmunguei, olhando com tanto ódio para ele. – Que diferença faz a cor que o pai da Judith tem ? Isso não vai fazer dele melhor que ninguém!
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Crazy in Love > RICK GRIMES
FanfictionMary Horvarth, estava passando uma temporada na casa do seu Avô. Vê sua vida virar de cabeça para baixo, quando cadáveres se lavantam e comem pessoas. Se juntam com um grupo numa pedreira aos arredores de Atlanta. Além de lidar com a nova situação...