Pretending

Sammy

Sam Carpenter

Nova Iorque, 18 de novembro de 2022.

Ao sair do trabalho mandei uma mensagem para minha irmã perguntando se ela queria que eu levasse o jantar, a resposta que recebi não me deixando nada contente ao descobrir que ela, Quinn, Mindy, Anika e Chad estão num bar no centro da cidade, perto de onde estou, com a sobrinha da Gale. Desde que se conheceram a duas semanas atrás as conversas por mensagem e as saídas aos finais de semanas têm sido frequentes, odeio como os três continuam confiando nas pessoas tão facilmente.

Ao invés de ir para o metrô eu fui em direção ao bar, não demorando a encontrar o lugar pois a Tara me falou o nome do local então só precisei de uma pesquisa rápida no google para descobrir o endereço. Além das pessoas que eu já conhecia, tinha mais um homem moreno e de olhos azuis sentado ao lado da Lucy na mesa. Chad ao me ver se levantou me oferecendo o seu lugar, sabendo que não vou conseguir convencê-los a irem embora antes da meia noite eu me sentei, Chad logo voltando com uma nova cadeira para si, se sentando do outro lado da Tara o qual eu não estou ocupando.

—Sam, esse é o Jake, meu melhor amigo. — Lucy o apresentou após todo mundo já ter me cumprimentado.

—Prazer Jake. — Coloquei um sorriso falso no rosto, o cumprimentando por pura educação.

—Não liga para a expressão de infelicidade da Sam, ela tem alergia a confraternização. — Mindy falou, a encarei por alguns segundos antes de pegar o copo de cerveja que estava na sua frente. —Ei, isso é meu! — Lhe lancei um sorriso, antes de continuar tomando a sua bebida, ouvi o restante do pessoal na mesa rir.

—Ok, quem é que vai tentar me vencer nos dardos agora? — Jake perguntou já se levantando.

—Eu vou. — Chad se manifestou, os dois foram seguidos pelas meninas só sobrando eu e a Lucy na mesa.

—Você não precisa ficar se está aqui só para tomar conta deles. — Encarei seus olhos azuis. —Eu não estou bebendo... — Indicou o copo de suco na sua frente. —Vou levá-los de carro depois, prometo que fico de olho nos quatro para que eles não bebam demais e vou os deixar em casa no máximo a uma da manhã. — Ela ter notado que nas outras vezes que saímos eu só ia junto para cuidar dos quatro me pegando de surpresa.

—Obrigada pela oferta, mas eu vou ficar.

—Já que você insiste eu não vou te deixar ficar sozinha, no canto, observando os quatro à noite inteira. — Terminou de tomar o seu suco e se levantou. —Eu vou te obrigar a interagir e se divertir, você precisa disso. — Estendeu a sua mão na minha direção. —Vamos Sammy, não vai te matar se divertir um pouco. — O sorriso no seu rosto e o novo apelido que ela usou fazendo meu coração começar a bater mais rápido.

Isso não pode acontecer Samantha, a atração que você sente por ela não pode passar da primeira fase que é "Achar ela bonita, mas a querer longe." Repreendi a mim mesma mentalmente. Lucy não pareceu notar a briga mental que estou tendo comigo mesma e tendo cansado de manter a sua mão estendida, ela deu a volta na mesa vindo para o meu lado e colocou a sua mão no meu ombro.

—Por favor, Sammy. — A perfeita expressão de cachorro que caiu da mudança no seu rosto agora.

—Isso não funciona comigo.

Desviei o meu olhar do seu sabendo que o que eu acabei de falar não é verdade, a Lucy me pedir algo com essa expressão e usando o novo apelido, está me afetando e quase me fazendo ceder. Foquei os meus olhos na mesa e peguei o copo de cerveja tomando mais um pouco, logo ela se sentou na cadeira ao meu lado.

—Se você jogar dardos comigo e ganhar, eu te pago uma bebida muito melhor do que essa cerveja barata. — Olhei para o seu rosto vendo um sorriso presunçoso nos seus lábios.