Capítulo 23 - Hanna Tompson

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Liam vai conhecer meus pais hoje.

Já se passaram alguns dias que estamos juntos. Ele não me deixa ir mais para o meu apartamento dizendo que não é seguro lá.

As pessoas do trabalho cansaram de especular sobre nossa vida. E claro que notei algumas delas tentando se aproximar por interesse. Ignorei.

Ando trocando mensagens e ligações com meus pais dando notícias e falando sobre meu namoro, apesar que ele não me pediu oficialmente. Posso ter vinte e seis anos e ele trinta, mais quero o clichê feito em livros.

Ele não fala mais sobre a mãe dele, e tenta não descontar em mim a raiva sempre que ela liga.

— Vamos? — Liam pergunta após estacionar em frente à casa dos meus pais.

Lhe olho e concordo.

Ele desce do carro, em seguida abre a porta para mim.

— Estou me sentindo um adolescente indo conhecer seus pais. — ajeita o cabelo.

— Você é. — falo brincando.

Pego na sua mão, juntos andamos até a porta.

Antes de virmos, falei para eles não tocarem no assunto da mãe do Liam e seu passado. Não queria deixar um momento bom se tornar péssimo.

Bato na porta e espero. Segundos depois minha mãe surge com um sorriso no rosto.

— Oi, queridos. — me abraça e depois estende a mão para o Liam.

Ele reluta um pouco, porém, logo aperta.

— Prazer, me chamo Gina. — lhe olhando sorrindo.

— Prazer, Liam. — ele retribui o sorriso.

— Entrem. Seu pai está lá na área externa preparando um churrasco. — nós a seguimos.

Assim que chegamos, meu pai nota nossa presença e vem até nós.

— Filha. — me afasto do Liam, para lhe abraçar.

Assim que nos afastamos ele olha para o Liam.

— Você deve ser o homem que conquistou a ruivinha aqui. Prazer, Ben.— estende a mão.

— Isso. Me chamo Liam. — aperta sua mão rapidamente.

Agradeço mentalmente por meus pais não forçar os toques. Eles são como eu, gostam de abraços.

— Venham, sente-se. — minha mãe diz.

Nos sentamos à mesa, Liam do meu lado, e meus pais a nossa frente.

— Então, Liam. Você pilota? — meu pai pergunta.

— Sim, estou nas fases finais para me tornar um piloto oficialmente. Vai ter uma corrida na sexta, gostaria que vocês fossem junto a Hanna. Será na Carolina do Norte. Meu jatinho pode levar vocês. — Ótima ideia.

— Será um prazer, querido. — minha mãe diz surpresa.

— Você vai largar a arquitetura?  — meu pai questiona enquanto serve as carnes.

— Sim. A empresa ainda será minha, mas, pretendo colocar alguém no meu lugar administrando. — ele alisa minha perna embaixo da mesa. — Na verdade... — me olha. — Gostaria que você administrasse a empresa, Hanna. É formada nisso, você é magnífica. — fico em choque.

— Oi? — digo confusa.

— Que maravilha. Não é Ben? — eles concordam.

— Depois a gente conversa. — digo nervosa lhe olhando.

— Claro, amor. — ele beija minha mão.

— Obrigada por fazer tudo pela nossa filha. Você é um bom homem. — meu pai diz.

— Que bom que vocês aprovam. A Hanna é tudo pra mim. — me olha com aquela cara de apaixonado.

Eu amo esse homem. Muito. Se ele me pedisse em casamento agora, eu aceitaria. É cedo? Sim, porém, eu o amo como nunca amei ninguém.

Sorrio de volta para ele.

Continuamos conversando sobre assuntos aleatórios até a hora de irmos. Foi um momento incrível meus pais conhecerem o Liam. Eu sabia que eles adorariam ele, e não foi diferente.

(...)

Já estamos no seu apartamento.

Estou sentada no seu colo de frente para ele, com as pernas uma de cada lado da sua cintura. Minhas mãos estão nos seus ombros, e as suas mãos no meu cabelo.

— Eu amo a cor deles. — diz olhando para meu cabelo em suas mãos. — E deles. — toca no meus olhos.

Sorrio.

— O que achou dos meus pais? — pergunto.

— Amei, você puxou a eles, alegre, e de bem com a vida. — segura minha cintura.

— E eles amaram você. — lhe dou um selinho.

Ele me olha sério.

— Amor... Preciso falar algo. — sua voz soa receosa. Espero que continue. — Minha mãe nos convidou para o aniversário dela. Ela quer te conhecer. — merda.

Não sei se quero conhecer a pessoa que destruiu a vida do Liam... Ou talvez conhecê-la me faça entender o por que ele mantém contato.

— Quando? — pergunto.

— No sábado, já vamos estar lá pela corrida. Seus pais podem ir também. — nem pensar.

— Eles podem conhecer a cidade. Vamos apenas nós. — digo.

— É uma festa chique, você precisa comprar roupa? — alisa minhas costas.

— Amanhã eu compro. — sorrio.

— Leve meu cartão, não me importo que use meu dinheiro, não fará falta. — lhe olho segurando o riso.

— Claro, ricasso. — digo sorrindo.

Ele se aproxima e me beija, segurando minha nuca e minha cintura. É tão bom como estamos agora e como éramos. Ele não tira mais as minhas mãos dele.

Percebo que essa mudança foi apenas comigo. Com outros ele continua distante e frio. E eu não me importo, desde que não seja comigo.

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