Capítulo 2 - Hanna Tompson

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Meu telefone toca. É o entregador com a bebida. Desço para pegar.

Com o whisky em mãos pego o elevador novamente para o último andar. Demora séculos já que ele para de andar e andar para as pessoas descerem. No fim ficamos apenas eu e um homem...

Merda. O elevador parou.

Olho para o homem ao meu lado e ele digita algo no celular despreocupado. Tento me manter calma como ele. Vai ser rápido Hanna, rapidinho...

Não foi rápido. Já estamos aqui a vinte minutos.

O homem que vestia um paletó, já tirou. Pela sua cara, não está nada feliz. Não me olhou e nem disse nada. Amarro meu cabelo por conta do calor.

— Estou quase bebendo esse whisky. — penso alto.

— O que disse? — o homem que estava quieto pergunta.

Pensei alto demais?

Lhe olho sorrindo.

— Nada, estava pensando alto. — digo constrangida.

Ele olha nos meus olhos, mas não responde nada. Aproveito o momento para lhe observar.

Ele é branco, tem cabelos escuros e olhos castanhos. Barba e cabelos bem feitos. Veste um terno na cor cinza e blusa social preta. Devem ser caríssimos.

Noto que ele também me analisa.

— Você bebe em horário de trabalho, senhorita? — pergunta após um bom tempo.

Faço cara de espanto. Meu Deus, o que ele vai pensar de mim?

— Não, meu Deus, não. — falo sorrindo. — Foi só um pensamento repentino.

Ele não sorri. Que homem mais carrancudo.

Não falamos mais nada, se passam poucos minutos e finalmente o elevador volta a andar. Só falto dar pulinhos de alegria.

Olho o relógio no meu pulso... Caramba, o dono já deve ter chego, o senhor Miler vai me matar.

O elevador se abre e o vejo parado na minha frente. Saio do elevador e quando vou abrir a boca para falar ele diz primeiro:

— Senhor Moss, mil desculpas, tentei fazer com que concertassem o erro. Sinto muito por isso. — senhor Moss?

Olho para a direção que o senhor Miler está olhando e vejo o homem do elevador ao meu lado. Meu Deus, ele é o dono? Ótima impressão passei no elevador.

— Comprei vários geradores novos, onde estão que não funcionam? — o homem que agora sei ser o dono pergunta.

— Não sei senhor... — o senhor Moss o interrompe.

— Deveria saber, lhe pago para cuidar da empresa. — diz.

Caramba, que tensão. Decido me afastar e deixá-los a sós. Ando até minha mesa e solto meu cabelo novamente. Deixo o whisky em um canto e me sento. Finjo estar olhando para o computador, porém, levanto o olhar para os dois que continuam em frente ao elevador discutindo.

Liam Moss... então ele é o dono. É um gostoso, entretanto parece ser igual ao meu chefe... arrogante!

Meu chefe anda até a sua sala e o senhor Moss o segue. Ainda olhando para os dois vejo o senhor gostosão mexer no celular, de repente levanta a cabeça e me encara.

Tento desviar o olhar, mas sou atraída por ele. Sua expressão é indecifrável. Nos encaramos até ele entrar na sala do meu chefe.

Solto o ar que nem sabia que estava prendendo. Caramba...

Meu telefone da mesa toca, é da sala do meu chefe, atendo logo.

— Senhorita Tompson, traga o whisky. — diz e desliga.

Reviro os olhos e levanto da cadeira. Com o whisky em mãos bato a porta do imbecil e entro em seguida.

— Com licença. — olho para os dois homens sentados no sofá que fica em frente a enorme janela.

Fecho a porta e entro. Me dirigo até a adega e pego dois copos, sinto o olhar deles sobre mim, mas ignoro.

Abro o whisky e encho os dois copos. Volto para perto deles e os entrego. Olho para o senhor Miler e por último para o senhor Moss.

— Desejam mais alguma coisa? — pergunto.

— Não, pode se retirar. — meu chefe responde.

Olho para o senhor gostosão e sorrio. Me viro e deixo a sala.

(...)

Algumas horas depois vejo meu chefe abrir a porta da sala. Ele está mais irritado que o comum, não me olha e anda até o elevador. Entra e sai.

O que acabou de acontecer?

O telefone toca na sala do meu chefe e atendo rapidamente.

— Sim? — pergunto.

— Senhorita, venha até minha sala. — ouço a voz grave do senhor Moss.

Me levanto e ando até lá. Bato e entro.

Quando entro, ele está sentado no lugar do meu chefe me olhando. Fecho a porta e me sento na cadeira em frente à mesa.

— O senhor Miler foi demitido, portanto, você trabalhará para mim diretamente, até que eu encontre alguém para o cargo. — fico surpresa.

Caramba o Jake foi demitido? Graças a Deus, ele me tratava como um lixo. Contenho meu sorriso.

— Não gostava do senhor Miler? — pergunta a notar minha falha tentativa de segurar o riso.

Lhe olho pensando se deveria falar... se bem que ele já foi demitido né.

— Ele era... vamos dizer que um pé no saco. — falo.

Ele me olha por alguns segundos e dá um sorrisinho de lado, não dá muito para notar, mas eu notei.

— Entendi. Bom... você precisa me passar a agenda da semana e todo o resto. — olha para o computador. — Qual seu nome? — me olha de novo.

— Hanna Tompson. — coloco o cabelo atrás da orelha.

Ele observa meus movimentos e diz:

— Certo, senhorita Tompson. Me atualize. — mexe em uns papéis.

E nós próximos minutos falo tudo que o senhor Miler fazia e o que tinha para fazer.

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O chefão chegou! 😎

O chefão chegou! 😎

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