Prólogo.

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Greta Hildago

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Greta Hildago.
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Às vezes esquecemos que nossas ações e decisões impactam não apenas no nosso próprio tempo, mas também no tempo e nas vidas das outras pessoas ao nosso redor. Esquecemos que o nosso tempo está ligado ao tempo dos outros. Foi isso que aconteceu comigo, foi isso que o Estevan fez.

Foi apenas tempo perdido, eu amei sozinha.

— Por que fez isso?

— Querida, como você chegou aqui? — Seus olhos quase saltaram para me ver dentro do seu quarto.

Rangi os dentes e empurrei a porta daquele quarto de hotel.

— Eu devia te fazer a mesma pergunta, Estevan! — meus olhos analisaram o quarto. Pétalas vermelhas no chão, taças em cima da cama com lençóis de luxo.

Ele fechou a porta rapidamente e me seguiu até o banheiro onde eu estava a procura de alguém, de algo que indicasse minhas suspeitas. Meu coração martelava contra o peito e meus olhos ardiam.

— Não era pra você ter chegado agora, era surpresa. Eu estava preparando uma surpresa para você.

Encarei meu noivo, eu o conhecia o suficiente para saber que ele estava mentindo.

— Uma surpresa? — Desdenhei.—  Acha que sou burra?

Fechei a porta do banheiro assim que vi a mesma cheia de velas ao redor.

— Greta... Não é nada do que você está pensando.

— E no que você acha que estou pensando? — O pressionei. — Quem é ela Tevan?

Seus lábios se abriram, seus cabelos estavam bem penteados e a essa distância eu podia sentir o cheiro do seu perfume. Mas ao contrário de todos os outros dias, quando eu sentia prazer em vê-lo tão bonito e cheiroso, eu sentia repulsa, nojo, raiva.

Eu devia ter desconfiado antes, devia ter notado que tudo era perfeito demais. Devia ter notado os horários em que ele chegava tarde em casa, devia ter questionado a mistura do seu perfume em seu terno eu...

No fundo eu sabia. Só não queria acreditar porque íamos nos casar, seríamos oque nossas famílias chamam de casal perfeito. Eramos de dar inveja, um relacionamento a ser admirado. E agora eu estava em sua frente me negando ao choro.

— Não existe outra, só você meu amor. — Ele se aproximou, segurou meus braços e tentou um beijo.

— Não encosta em mim! — O empurrei. — Como eu pude ser tão idiota?

Suas feições de pobre coitado passaram a ser de irritado.

— Como você chegou aqui, Gerusa, como sabia onde eu estava? 

Eu não iria chorar, não por ele... Eu me negava aquela humilhação.

— Eu segui sua localização! — Quase esfreguei o celular em seu rosto. — Ou achou que eu era burra o suficiente para não desconfiar de você? Desconfiar da forma como você sempre dava um jeito de se afastar quando estava ao telefone...

Secretária Hildago [PAUSADA] Onde histórias criam vida. Descubra agora