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Dia do casamento do meu primo, e era um sábado a tarde. Eu tinha acabado de sair do local da cerimônia depois de deixar um beijo suave em Ana completamente nervosa mas satisfeita com resultado, não era para menos. O lugar tinha ficado lindo e assim que o Sol se por e todos os convidados estiverem em seus devidos lugares vai beirar a realeza. Mas não era pra tanto, Ana merecia um casamento lindo assim.

Chequei as horas pela milésima vez. Eu estava um quarteirão antes da casa de Gerusa e estava esperando dar o horário para buscá-la, eu tinha chegado vinte minutos mais cedo um pedido feito pela mesma.

Desci do carro e caminhei até sua casa, tinha um pequeno jardim com um muro que dividinha o terreno com o vizinho ao lado. Toquei a campainha que não demorou para ser atendida. Um garoto de olhos azuis como água me olhou com uma expressão quase intimidante. Se eu não conhecesse a idade de Gerusa diria que ele poderia ser seu filho.

— Gerusa está?

O mesmo se encostou na porta e continuou me julgando.

— Você errou de casa, não mora ninguém com esse nome feio aqui.— Ele cruzou os braços e olhou as flores em minha mão.

O garoto estava claramente mentindo, soube disso quando vi cabelos ruivos de relance dentro da casa.

— Enoch, o que está fazendo? — Uma mulher que julguei ser a mãe da pessoa que vim buscar abriu a porta completamente. — Ah, senhor Marcos Marquenze! um segundo. — Me fitou com empolgação. — QUERIDA SEU NAMORADO CHEGOU!

Pelo visto Gerusa já deu as boas novas a família dela também, ótimo.

— Por favor, senhora, me chame apenas de Marcos.

Ela abriu um enorme sorriso.

— Nesse caso me chame apenas de Rose também, sou a mãe da Greta. — Ela estendeu uma mão que gentilmente peguei.

— É um prazer conhecê-la sogra. — Deixei um beijo suave e galanteador em seus dedos.

Seus olhos brilharam em admiração quando ela levou as mãos ao peito.

— Ah, que rapaz mais gentil! Venha entrar, Gerusa não vai demorar.

— Obrigado.

— Ruff!

Eu a segui antes de ouvir um resmungo do garoto.

— Já deve ter conhecido o meu filho Enoch, espero que ele não tenha dito nenhuma besteira.

Me sentei na poltrona da sala ao qual Rose indicou que eu sentasse, Enoch que apenas enfiou as mãos no bolso do moletom acenou e saiu sem dizer mais nada.

— Tem filhos muito Bonitos, Rose. Todos eles se parecem com você.

Suas bochechas coraram.

— Muito obrigada, fique a vontade. Vou ver se minha filha precisa de ajuda com o vestido.

Assenti compreensível e assim que ela subiu as escadas ainda acenando me encostei na poltrona e repousei o buquê de flores em uma das minhas pernas.

Aquele garoto, o Enoch apareceu mais uma vez dessa vez ele com roupas diferentes. Ele me olhou pelo canto dos olhos se sentou no sofá em minha frente e me fitou profundamente por vários segundos que achei que seria uma eternidade.

— E então... — limpei a garganta.— O que gosta de fazer além de espantar os pretendentes da sua irmã? Você pode continuar com esse ótimo trabalho por tanto que não use-o pra mim.

Secretária Hildago [PAUSADA] Onde histórias criam vida. Descubra agora