Secretária Hildago [PAUSADA]

.16.

Greta Hildago
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Eu não quis dizer exatamente o que eu disse, mas já estava feito. Marcos tinha colocado aquilo em sua cabeça, e o percurso inteiro que fomos até a cerimônia ele demostrava isso com um sorrisinho estúpido no rosto.

— Fique por perto. — Ele resmungou quando me afastei o suficiente do seu toque.

— Eu sei o que fazer.— Lhe lancei um olhar de reprovação enquanto erguia o vestido o suficiente para que eu não tropeçasse nas escadas.

Marcos entrelaçou nossos braços, onde pôde sentir seus músculos firmes por baixo do terno. Ficando ainda mais perto dele pude sentir o quanto estava cheiroso, além de bonito. Marcos tinha uma gravata borboleta em junto com seu terno preto e cabelos castanhos sobre a nuca. Não podia negar que ele tinha uma beleza avassaladora, mas não precisava dizer que ele tinha ciência disso só pela forma como ele sorria para as pessoas.

— Como Ana estava? — Ele trocou de assunto.

— Acho que nunca vi alguém  ficar tão linda de noiva quanto ela. — Murmurei me lembrando de horas atrás quando a vi experimentando o vestido para alguns ajustes.

— Ela Está feliz, além do nervosismo?

Soltei um riso baixo.

— E quando Ana não está?

Ele me fitou pelo canto dos olhos.

— Vocês parecem estar se dando muito bem nos últimos meses.

Assenti.

— Ela é uma boa pessoa.

— Você também é Gerusa, não se esqueça disso.

Franzi a testa um pouco confusa pela intensidade das suas palavras. Mas quando me virei para ele, Marcos estava se afastando para cumprimentar os familiares do noivo. 

Me aproximei de Pedro que tinha um petisco entre os dedos e fitava a morena do outro lado perto dos arranjos de flores.

— Gostando da vista Burt?

Ele deixou o petisco cair antes de soltar um praguejo. Cobri os lábios evitando um riso com som quando ele pingarreou.

— Não sei do que você está falando.

Apertei os olhos para o moreno de terno.

— Estou falando da moça dos cabelos castanhos ali, de 1,60 de altura, sorriso bonito e olhos marcantes.

— Estava tão óbvio assim?

Soltei um suspiro.

— Está sim, porque não vai lá falar com ela?

— Acha que eu devo?

— Acho que você está perdendo tempo com perguntas ao invés de ir lá.

Pedro olhou na direção de Aurora que agora acariciava os cabelos da filha.