Secretária Hildago [PAUSADA]

.20.

Marcos Marquenze

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Gerusa estava estranha, ela apareceu na academia segundos atrás o que quase me fez cair da esteira quando a vi com sua leg rosa e preta tão apertada quanto uma calça de exercícios podia ser. Aquilo era algum castigo, eu sentia isso lá no fundo das minhas bolas. Enquanto ela pedalava em silêncio, um livro estava em suas mãos, e por minutos ela permanece em silêncio até que o quebro com muito gosto. 

— Não sabia que curtia livros de receitas. — me aproximei cautelosamente observando a capa antiga.

Ela deu de ombros.

— Soube que a moça cozinha pediu folga por conta da viagem. — Ela ajeitou o rabo de cavalo ainda concentrada.

— O que isso quer dizer?

Um sorriso brincou em seus lábios.

— Quer dizer que vou cozinhar pelos próximos três dias.

Me engasguei com riso, até perceber que ela falava sério.

— Você sabe ao menos segurar uma faca?

Gerusa finalmente me olhou, seus olhos cheios de malícia.

— Quer que prove isso usando seu pescoço ou suas bolas?

Engoli em seco quando ela fechou o livro em um baque. A ideia das minhas bolas em suas mãos não me pareceu tão ruim.

— O que faz aqui na academia? — Pedalei ao seu lado também.

— Crochê Marcos, vim em uma academia fazer crochê, acredita?

Soltei um riso.

— Certo, foi uma pergunta estúpida. — Seus olhos brilharam em diversão e algo em meu peito se agitou, algo como euforia.

— Desculpe, foi uma resposta estúpida também.

A olhei surpreso.

— Você está bem?

Ela franziu a testa.

— Hunrum, por quê?

Dei de ombros.

— Você parece diferente esta manhã.