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Eu tinha mesmo uma bunda medonha?

Foi essa pergunta que rodeou meus pensamentos enquanto eu me fitava no espelho sob o vestido preto. Duas batidas na porta me fizeram disfarçar o jeito que eu olhava meu traseiro e passei a ajeitar os brincos.

— Pode entrar.

Antes mesmo que eu o visse pelo espelho tinha sentido seu cheiro. Funguei.

— Por que está com essa cara?

Me virei para ele.

— Porque você está ridículo, e cheirando mal.

Ele riu ajeitando a camisa clara. Era claramente mentira, mas não é como se ele tivesse acreditado naquilo. Não era burra em realmente achar aquele homem feio.

— Quer que eu diga o mesmo sobre você? — Dei de ombros buscando minha bolsa. — Não posso, prometi ao meu pai que ia dar um tempo nas mentiras e desculpas esfarrapadas, então tudo o que eu tenho a dizer é que você está absurdamente bonita Gerusa.

Suas palavras saíram com uma facilidade e naturalidade surpreendente, como se Marcos estivesse acostumado com elogios. Diferente de mim que imediatamente me senti desconcertada mas logo tratei de disfarçar.

— Nós podemos ir se foi isso que veio verificar, estou pronta. — Limpei a garganta.

— Estou vendo.

Esbocei um riso quando o flagrei olhar em uma direção inapropriada.

— Aqui em cima Marquenze, meus olhos estão em cima.

— Não se ache tanto Gerusa, está bonita mas não me deixou cego. Sei onde estão seus olhos.
Seus lábios sedutores se ergueram antes dele retirar as mãos do bolso para apontar a porta. — Só estava observando um cisco. — Ele Murmurou quando passei.

— Achei que estivesse dado um tempo das mentiras. — Alfinetei quando o mesmo fechou a porta.

— Mandei deixarem seus irmãos em casa.

Assenti em agradecimento.

[...]

Assim que chegamos no jardim da casa de Ana e do diretor Marquenze, quase fui acertada por um vulto de cabelos claros que pulou no homem ao meu lado.

—  Tio Marcos, que bom que chegou. O papai comprou sua bebida favorita.

— Simon disse empolgado para marcos Que sorriu ao erguer-lo apenas nós segundos de abraço então logo a criança estava no chão novamente.

— Oi garotão, é mesmo? Vou me certificar de levar cada gota pra casa.

O menino riu.

— Oi tia Gerusa.

Por algum motivo, aos poucos tendo Marcos desobedecendo a minha ordem sobre meu apelido eu me acostumei ao ouvir meu nome batismo.

— Oi Querido, está muito bonito. — Toquei suas bochechas que coraram. — Onde está sua mãe?

Ele segurou meus dedos para caminhar, e eu o segurei de volta.

Secretária Hildago [PAUSADA] Onde histórias criam vida. Descubra agora