Capítulo 18

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— Emms... Não. - Um não, que se não estivessem no carro, poucos metros perto da escola, seria um "Sim, por favor, sim!" - É melhor pararmos antes que eu perca o controle.

— Já tem uma semana, não vejo problema em perdermos o controle. - Abraça a mulher esperando que suas respirações voltem ao normal, encara a morena que ainda não se sente capaz de abrir os olhos. - Tenho certeza de que você está molhada, não está?

— Pelo amor de deus, menina! Não me mate de vergonha. - Cobre o rosto com as mãos, depois limpa o canto da boca sujo com o batom da menina. - Essa espera...

— É boa para nos conhecermos melhor, eu sei. - Suas covinhas aparecem no sorriso. É claro que ela não tinha pressa. O importante já estava em suas mãos.

Em alguns metros à frente, um grupo de alunos começava a chegar. Tinker se tornou bastante reconhecível nos últimos meses, então sua baixa estatura começa a se destacar ainda mais sob os olhos pretos de Regina.

— Não está... Você sabe... com ninguém?

— Claro que não! O objetivo é a gente construir algo bom concreto, não é? - Acaricia a com o polegar a bochecha da mulher que agora está de volta ao banco do motorista, depois beija-lhe a ponta do nariz. - Não me descredibiliza por causa da idade.

— Você está certa, me desculpe. - Sorri, é tão bom ter paz para se desculpar quando vacila ou poder vacilar sem receber uma repreenda rude.

— Quero te levar lá em casa e apresentá-la para minha avó. - Fala roubando a gargalhada que tanta ama dos lábios da professora.

— Conheço Mary desde meus quinze anos!

— Te apresentar como minha futura namorada. - Estava se divertindo com a conversa.

— O QUE?! Emms, sua avó vai... Não estou pronta 'pra' isso. - Batia ritmadamente a ponta dos dedos no volante. - Você já contou? Eu era a melhor amiga da sua mãe, não vai ser estranho?

— Aquele dia na sua casa, foi o namorado dela quem comprou os ingredientes 'pra' eu te preparar o jantar. - Suspiram juntas. - É claro que todos já sabem.

— Até a Ruby? Sabe... Ela não vai com a minha cara.

— Até a Rubs, mas é só você me deixar bem felizinha que ela vai te adorar.

— A é, é? E como faço deixar você toda feliz?

— Jantando com a gente qualquer dia desses, não como futura namorada, mas como namorada mesmo. - Então, alí a conversa estava ganha. Elas jantariam juntas, em família, qualquer "dia desses." Então era hora da menina correr para a escola, antes que alguém notasse.

Regina sempre fora uma mulher ocupada, mesmo fugindo de seus afazeres de executiva ao ter a mãe como presidente e sua empresa. A empresa é responsável por um conjunto de boates famoso por todo o estado, que são administradas por uma equipe de alta capacidade, escolhida à dedo por Cora. A corporação também é responsável por ONGs regionais que dão aulas de artes maciais, arco e flecha, dança e música. E mesmo a empresa "andando sozinha" Logo antes das aulas, Regina, Cora e o vice-presidente tem reuniões. Dessa vez, acontecia pelo smartphone por já ter saído de casa, mas precisou acelerar o carro do mesmo jeito, para chegar no horário da aula. 

Tom MenorOnde histórias criam vida. Descubra agora