Capítulo Treze

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— Então você topa? — Stiles me pergunta receoso.

— Aceito sim, mas com uma condição.

— Que condição? — Stiles me olha de maneira confusa.

— Se nos pegarem nesses encontros, você vai me prometer que Enid ficará em segurança — O olho.

— Eu prometo, Wednesday. Se algo acontecer, a gente vai arranjar uma maneira de reverter isso.

— Certo, onde e quando devo encontrar vocês?

— Amanhã pela parte tarde, no fim da divisa do riacho.

— Tá, até mais. — Balanço minha cabeça cordialmente e saio em direção a minha casa.

 [...]

Eu já estava esperando no riacho há dez minutos, sentindo minha garganta seca, incapaz de parar de andar para lá e para cá. Estava ansiosa para ver minha lobinha. Quando eu estava preste a ir embora, escuto alguém me chamar. Me viro e sinto seus braços envolverem no meu corpo, seu aroma doce invade as minhas narinas. Era como uma droga da qual eu queria viver a eternidade sentindo, seu toque quente como o sol, mas não me queimando, apenas me fazendo sentir viva como nunca me senti em 126 anos de vida. Eu retribuo seu abraço caloroso, e ela levanta seu olhar para mim com um grande sorriso. Então, eu beijo seus lábios em um selinho demorado, cheio de saudades. Somos retiradas da nossa bolha com um garoto falado:

— Garotas, não quero atrapalhar, mas seria bom andarmos logo até o local seguro — Tyler fala sem jeito.

— Tudo bem, Tyler. Já estamos indo — Enid fala enquanto pega em minha mão. — Vamos, amor?

— Vamos sim — Entrelaço nossos dedos e apenas me deixo ser guiada por ela.

 Ao chegar no local, lembro que Enid me trouxera algumas semanas atrás, onde demos o nosso primeiro beijo. Olho para trás e vejo o garoto alto junto de Stiles, parecendo dois seguranças virados de costas, imersos em sua própria conversa.

Vejo Enid se sentar na grama repleta de diversas flores, e me uno a ela, ficando de frente. Sinto o sol bater contra a minha pele, seu aroma misturado com o das rosas, a brisa suave que nos envolvia. Ao olhar nos olhos dela, vejo a imensidão do mar, um brilho que me conquistou em um piscar de olhos. Falando em piscar de olhos...

— Amor, você ouviu o que eu disse? — Enid estava estalando os seus dedos no meu rosto, tentando chamar minha atenção.

— Desculpe, cara mia. Não ouvi o que disse

— Eu perguntei como você não queima no sol.

— É por conta deste anel — Levanto minha mão mostrando o anel.

 — Ele é bonito. Quem lhe deu?

— Uma bruxa, ela era amiga da família. Colocou um feitiço para que os nossos corpos não queimassem ou brilhassem a luz do sol. — Toco em meu anel.

— Achei que bruxas estavam extintas.

— Muitas estão. É muito difícil achar alguma hoje em dia.

— Entendo... — Vejo Enid suspirar, formando um biquinho nos lábios

— Quer me contar alguma coisa? — Me aproximo dela, puxando-a para ficar perto de frente a mim.

— A Lua cheia está se aproximando.

— Está nervosa, certo? — Coloco uma mexe de seus cabelos atras da orelha.

— Também, mas eu queria que você estivesse comigo.

— Posso tentar, se quiser.

— Faria isso por mim?

— Faria qualquer coisa por você, mi amor — Sussurro em seu ouvido e logo a beijo.


 O beijo era simples, mas cheio de saudades. Enid pediu passagem com a língua timidamente. Logo Cedi, aprofundando nosso beijo. Puxei-a para o meu colo, apertando sua cintura com firmeza. Senti suas mãos irem para a minha nuca, apertando-a. Mordi seu lábio inferior, fazendo-a suspirar durante o nosso beijo.

A falta de ar se fez presente, então parei o beijo, dando selinhos nela, o que a fez sorrir para mim.

 — Willa, isso faz cosquinhas — Solto uma risada, parando os beijos no rosto de Enid.

— Parei.

— Sabe, eu comecei a treinar

— Sério?

— Sim, acho que daqui a pouco vou estar preparada para te derrubar — Enid dá um sorrisinho sapeca.

— Tem certeza disso? Sabe que sou mais forte — Faço ela se deitar na grama e fico por cima dela.

— Tenho sim — Enid me pega desprevenida e virando o jogo, ficando por cima de mim.

— Espertinha você.

— Sou. Acho que você terá que admitir que eu sou mais forte.

— De jeito nenhum. Só vou admitir no dia em que tivermos filhos. — Empurro-a rapidamente e fico por cima, prendendo suas mãos. — Bom, acho que sou rápida demais. — Dou um sorriso sínico.

— Pois é, melhor se preparar para admitir. — As suas bochechas coraram ao admitir que queria ter filhos, comigo.

— Você é fofa, Sinclair — Beijo suas bochechas.

 — E você é traiçoeira, Addams.

— Sei que sou. — Me deito em cima dela, escondendo meu rosto na curvatura de seu pescoço.

— Por favor, não me morda. Não quero ser vampira — Faço carinho em seus cabelos.

— Acho que você seria uma ótima vampira, na verdade, um ótimo híbrido.

— Não fale bobagens. Sabe que seria impossível eu me tornar um híbrido.

— Nunca diga nunca, Nid. E bom só testando para saber. — Dou uma leve mordida em seu pescoço.

— Nada disso. — Sinto Enid me dar um tapa na nuca, fazendo-me rir.

— Certo, você que manda, cara mia.

— É claro, Willa.


  O tempo passou rápido, já estava de noite quando me despedi de Enid, e os dois garotos. Estava chegando em casa quando sinto cheiro estranho. Ao chegar no local, vi uma pessoa totalmente destroçada por mordidas em todo o seu corpo. Era um homem, aparentava ser caçador e ter uns 45 anos de idade. Estava pálido e morto, o cheiro que ele emanava era detestável, principalmente o aroma do assassino, que ainda estava fresco. Olhei ao redor do local, tentando escutar algo, mas só estava tudo em silencio. Quem quer que tenha matado o homem, provavelmente irá matar outros, e isso não é bom. Sai rapidamente dali em direção a minha casa, tinha que avisar a minha família sobre isso.








Quem será que matou o pobre homem hein? Quero perguntar algo a vocês, vocês querem que a Wednesday seja GP? Ou não? Estive pensando sobre isso, mas cabe a vocês a decisão, eu particularmente me sentiria confortável escrevendo com ela sendo GP e não sendo. E um pedido, quando forem se referir a mim, me chamem de França. Até próximo sábado amores. 

Crepúsculo (Wenclair) G!POnde histórias criam vida. Descubra agora