No reino de Vinethan a paz reinava como nunca antes. O rei Karan Saengtham tinha dois filhos ômegas, Pete e Tay. Antes que o rei possa morrer e com as normas da Casa Real, o príncipe mais velho precisa se casar para ser o sucessor do trono e levar a...
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Pete cortava as fatias de pães para caramelar na geleia de morango que Corina tinha feito. Tirou os biscoitos do fogão enfeitando com creme em formato de bolinhas. Venice adorava biscoito e Dan geleia de morango. Sorriu olhando para os pratos feitos sobre a mesa. Acordou cedo para fazer o café da manhã das duas pessoas favoritas.
"Hey! Bom dia." Dan entrou na cozinha pequena segurando o pequeno alfa nos braços. Seus cabelos estavam penteados para trás, Pete revirou os olhos por Dan ter feito o trabalho de dar banho em Venice.
"Bom dia, venham comer." Pete sentou-se seguindo por Dan. Venice fez um pequeno burburinho fazendo o ômega rir. Dan apertou suas bochechas gordas. "Você o mima muito, Dante." Pete comentou o nome verdadeiro de Dan.
"Ele é meu afilhado, claro que irei mimá-lo."
Pete sorriu, Dan se tornou uma presença tão importante na vida de Venice. Nunca imaginou que o cavaleiro teria um lugar na sua vida, até mesmo moram juntos e Dan apoia Pete em qualquer situação. Venice, com seus dois aninhos de idade já se adaptava melhor, é como se fosse ontem que Pete e Dan corriam para um lado e outro com o bebê sentindo cólicas, trocas de fraldas, noites mal dormidas. Pete tinha tanto orgulho de si mesmo, criava seu bebê com tanto amor e proteção.
"Chegou outra carta de Porsche." Pete avisou a Dan que apenas o olhou. Um olhar de angústia.
"Você precisa voltar, príncipe."
Querendo ou não, dizer aquelas palavras o alfa se sentia mau. Não queria sai de sua vida com Pete, os dois viviam em meio a felicidade e conforto. Tinha uma casa boa, amigos incríveis e um bebê para amar. Claro que aquilo não os tornava um casal, para constar Dan apenas gostava de proteger Pete e a criança. Um laço forte entre eles.
"Sim."
"Então?"
"Papai está doente, Porsche citou na carta que ele está ficando cada vez pior. Céus, eu não tenho vontade de voltar."
Pete se ergueu durante todo esse tempo, ele sabia muito bem que uma hora teria que voltar como prometido. Mas os planos mudou, ele tinha Venice e não poderia chegar com uma criança até seu pai e lhe dizer que tem um neto. Ou, contar a Vegas que a criança é dele, o que certamente Pete jamais faria. Não envolveria Venice naquela vida, a liberdade e o conceito de viver como alguém qualquer é bem mais divertido. Uma vida simples, sem regras e responsabilidades.
A preocupação angustiada de saber que seu pai estava doente lhe deixou ansioso, ele tem que esconder a covardia e voltar para o seu povo. O sangue de um príncipe corria em suas veias, como também Venice tinha esse destino de ser seu futuro herdeiro. A linhagem causava uma bela dor de cabeça em Pete, pouco se importava agora.
"Pete, já passou da sua hora. Precisa voltar, não fuja mais. Você me tem, e sempre irei proteger vocês."
"Não penso em mim, mas em Venice. Papai nunca aceitará um neto bastardo. Se é que é bastardo..."
