Eu estava bem apreensiva com essa gravidez, apesar de tentar mostrar uma imagem confiante.Por enquanto estava tudo em paz, mas não confiava que as coisas iriam permanecer assim.
A minha barriga até cresceu um pouco.
Eu tomei um susto quando senti algo revirando.
No começo achei que poderia ser gazes, mas não era isso.
Comecei a chorar.
–Lisa? Tudo bem? -pergunta Cedrick, preocupado.
Eu simplesmente pego a mão dele e coloco na minha barriga. Ele arregala os olhos de surpresa e sorri.
–Já estão se mexendo! Não acredito! -Cedrick diz, com a voz carregada de emoção.
Nós ficamos parados um bom tempo, maravilhados ao sentir a movimentação deles pela primeira vez.
–Não acredito que realmente estamos vivendo esse momento! -eu digo.
Eu tenho esperança que o passado tão amargo pode ficar para trás. Nossas cicatrizes estão fechando. A felicidade é possível para nós dois.
Agora não éramos apenas nós dois que estávamos empolgados. Os próprios empregados do Grão-Ducado estavam frenéticos.
Quando escolhi o que seria o quarto dos bebês, rapidamente ele ficou arrumado.
–Cortinas alinhadas!
–Cadeiras de balanço posicionadas!
–Chão já limpo com a cera especial antiderrapante!
Um enorme berço era carregado por oito empregados e colocado na posição bem ao centro do quarto.
Um berço dourado, cheio de coisas brilhantes.
–Esse berço é banhado a ouro e está cravejado de cristais? -pergunto, assustada com o preço dessa coisa.
–Claro que não minha senhora. É de ouro maciço e cravejado de diamantes. -explica o mordomo. Meu queixo cai.
Sério, quanto custou essa bagaça?
–Só o melhor para o Grão-Príncipe e a Grão-Princesa de Heathcliff. -expressa o mordomo, com os olhos brilhando sonhadoramente.
–Depois de tanto tempo ouviremos o som angelical de choro de bebês. -fala uma empregada, animada.
–Às vezes eu achei que isso não aconteceria, admito. Me perguntei se algum dia as bolas de Vossa Graça deixariam de ficar azuis mas felizmente... - começou a falar uma outra empregada mais jovem, mas ela levou um tapa na cabeça e ficou vermelha. -desculpe, senhora.
–Eu já entendi que vocês estavam praticamente com cartazes de "Dá logo essa xereca para o Cedrick", não precisa repetir. -digo, revirando os olhos.
Eles riem.
–Eu principalmente. Era chato colocar todo aquele gelo na banheira. -dispara o mordomo, causando ainda mais risadas.
Eu fico feliz que a empolgação pelo nascimento desses bebês não era apenas entre nós dois, mas de todos. Tanto eu quanto Cedrick não tivemos boas famílias, e saber que nossos bebês seriam acolhidos e amados era algo que acalmava o meu coração.
Eu recebi vários presentes dos vassalos do Cedrick quando anunciamos oficialmente para a nossa região. Um deles até veio com várias roupinhas de bebês e um cartão escrito "finalmente transaram". Sim, essas exatas palavras.
–Aposto que foi aquele conde, moleque era safado desde pequeno. -comento. E era dele mesmo, reconheci a letra.
A quanto tempo todo mundo estava torcendo para que esse casamento fosse consumado? Não é possível as ideias desse povo!
–Arrumamos todos os presentes e os cartões de agradecimento foram enviados.
–Isso é bom, agradeço.
Cedrick acaricia minha barriga de novo, ele não cansa de fazer isso.
–Já pensou em nomes? Como eles vão se chamar?
–Eu tenho tantos nomes em minha mente que não sei escolher! -digo, confusa.
Passamos um bom tempo debatendo nomes. Dentre estes, pensamos em Kriger para o menino e Naomh para a menina.
Eu peguei um dos presentes, era uma presilha de cabelo para bebê.
–Olha que bonitinho!
Mas tomo um susto quando sinto uma picada na minha mão.
Solto a coisa e ela cai no chão.
–Isso é uma agulha? Tinha uma agulha na presilha de bebê? -grita Cedrick, alarmado.
Eu sinto uma lenta fraqueza se espalhando.
–O que é isso?
Minha visão começa a sumir.
–Lisa! Lisa! Fala comigo! -sinto Cedrick me segurar.
Eu não consigo responder.
–Essa agulha tem veneno! -ouço o mordomo gritar.
Tudo fica escuro a minha volta. A inconsciência me envolve.
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𝗖𝗼𝗺𝗼 𝗦𝗼𝗯𝗿𝗲𝘃𝗶𝘃𝗲𝗿 𝓐 𝓤𝓶 𝕽𝖔𝖒𝖆𝖓𝖈𝖊 𝕯𝖆𝖗𝖐
FanfictionEu estava lendo um fanfic de Romance Dark quando de repente entrei na história. Para piorar, entrei justo no corpo da vilã, Lisavetta, que fez coisas horríveis com o protagonista. Agora preciso encontrar uma maneira de escapar e sobreviver. Mas será...