⚜CAPÍTULO 13 - DANTE⚜

398 33 26
                                    

   Sinto o calor emanando do seu corpo enquanto minhas mãos traçam levemente os contornos de seu rosto

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

   Sinto o calor emanando do seu corpo enquanto minhas mãos traçam levemente os contornos de seu rosto. Seus lábios entreabertos parecem um convite indispensável, despertando um desejo ardente dentro de mim. Minha mente se perde em pensamentos impetuosos enquanto imagino o gosto de seus lábios contra os meus. Minha mente é inundada por pensamentos de como seria sentir seu toque suave e quente contra minha pele. Uma voz interior me lembra das consequências de sucumbir a esse desejo. Luto contra meus instintos mais profundos, tentando manter uma fachada de controle mesmo quando meu corpo necessita do dela por completo.

   Mas antes que possa me afastar, seus olhos escurecidos se fixam nos meus e todo meu autocontrole vai para o caralho.

   Seguro sua nuca e a beijo com urgência, nossas línguas se encontram em uma dança desenfreada, cada movimento é carregado de um desejo primitivo e incontrolável. A puxo para o meu colo e minhas mãos se perdem nas curvas do seu corpo, o apertando com uma intensidade que beira ao desespero. Sinto-me envolvido por sua fragrância, um aroma doce que me enlouquece ainda mais. Cada toque é uma promessa de prazer e me entrego completamente a essa tempestade de sensações que fazia tempo que não sentia. Nossos corpos se encaixam em um ritmo frenético e descontrolado. Seus gemidos provocantes, carregados de tesão, ecoam no quarto enquanto a pressiono contra mim, sentindo sua bunda macia sob minhas mãos ávidas.

   Minha boca desce faminta por seu pescoço, deixando uma trilha de beijos e mordidas suaves em sua pele macia. Ela arqueia o corpo em resposta, entregando-se completamente ao momento de êxtase. Quando subo as mãos para aprofundar ainda mais o beijo, ela me empurra para longe com a respiração ofegante. Nayla me olha assustada, a encaro em confusão.

   — Acho melhor nos acalmarmos — ralha.

   Seus olhos, carregados de desejo, encontram os meus por um breve momento antes de desviar, como se fosse insuportável me olhar. Levanto do chão com ela ainda no meu colo, com o movimento, seus braços agarram meu pescoço e ouço um gritinho de surpresa. Rio a colocando sentada na poltrona, quando faço menção de me afastar, suas mãos agarram meu pulso.

   — Eu não quis... não vai embora — murmura.

   — Não vou embora, só preciso me acalmar — digo e seus olhos descem direto para o volume em minha calça de moletom, seu rosto ruboriza e ela me solta rapidamente como se eu estivesse a queimado.

   Um sorriso sacana treme para sair, mas o reprimo e ando até a porta do quarto.

   — Espero que não se importe se eu usar seu banheiro por alguns minutos — falo por cima do ombro, minha voz sai mais rouca que o normal. Sem esperar por uma resposta, dou-lhe as costas e saio do quarto rapidamente antes que desista da ideia.

   Depois de pensar em todas as atrocidades possíveis para me acalmar, saio do banheiro quarenta minutos depois

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

   Depois de pensar em todas as atrocidades possíveis para me acalmar, saio do banheiro quarenta minutos depois. Procuro Nayla no quarto, porém não, a encontro. Desço as escadas e percebo a luz da cozinha acesa. Vou até lá e percebo que ela havia tomado banho e agora usava um pijama estampado de cerejas. O tecido macio abraça suas curvas de uma maneira que desencadeia reações dentro de mim. Uma roupa que era para ser fofa parecia indecente no corpo dessa mulher. Respiro fundo, tentando manter a compostura, enquanto me aproximo da bancada onde ela está.

  — Precisamos conversar — diz com um sorriso que não chega aos seus olhos.

  — Desculpe se fiz algo que não gostou, me deixei levar pelo momento e...

  — Não é isso! — ela interrompe, torcendo seus dedos em sinal de nervosismo.

  Fico tenso esperando o que possa sair de sua boca.

  — Antes de começarmos a ter uma amizade ou qualquer outra coisa, preciso lhe contar sobre meu ex namorado — sua voz falha um pouco, e vejo a angústia em seus olhos.

  Sinto um nó se formar em minha garganta, preparando-me para o pior.

  — O que aconteceu? — pergunto com cautela, meu coração batendo descompassado no peito. Ela respira fundo, reunindo coragem para compartilhar sua dor.

  — No início... Ele parecia ser o homem dos meus sonhos, mas depois de poucos meses de namoro ele passou a controlar cada passo que eu dava — ela faz uma pausa antes de continuar sua confissão — Estava apaixonada por ele, mas quando não fazia o que ele exigia, ele partia para a agressão e depois me forçava a fazer sexo — ela abraça o próprio corpo se tentasse impedir a reabertura de feridas antigas.

  Cada palavra dela me atinge como um soco no estômago, deixando-me sem palavras por um momento. Observo sua expressão angustiada, os olhos marejados ao lembrar de um passado tão doloroso. Sinto uma onda de raiva e indignação percorrer meu corpo ao imaginar o sofrimento que ela enfrentou nas mãos desse babaca.

  — Ele está na cadeia agora, não é? — pergunto, lutando para controlar a fúria que queima dentro de mim. Ela nega com a cabeça, meus punhos cerraram com tanta força que os nós dos meus dedos embranquecem.

  Ele teve coragem de bater nela. O filha da puta ousou bater nela!

  Nayla abaixa os olhos, parecendo encolher-se diante das memórias que a assombram.

   — Quando descobri que estava grávida, ele disse para abortar e logo depois abusou de mim — ela murmura, esfregando os braços como se sentisse repulsa de si mesma — Naquela noite, fugi da Califórnia, sem olhar para atrás e aqui estou eu. Minha respiração se torna pesada, o peso do trauma paira sobre nós como uma nuvem sombria. Apenas a ideia de alguém ferir ela, deixa um gosto amargo em minha boca e uma sensação de impotência me consome. Mas se eu encontrar esse bastardo irei acabar com ele com minhas próprias mãos.

 Mas se eu encontrar esse bastardo irei acabar com ele com minhas próprias mãos

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
O caminho até vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora