⚜CAPÍTULO 22 ⚜

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Quando finalmente encontro o banheiro, suspiro aliviada

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Quando finalmente encontro o banheiro, suspiro aliviada. A noite está sendo melhor do que eu esperava, muito mais tranquila e divertida do que eu poderia ter imaginado. Dante, tem me feito rir o tempo todo com as suas caras e bocas, especialmente quando as pessoas não param de vir nos cumprimentar. Ele estava visivelmente desconfortável, mas sempre se virava para mim com aquele olhar brincalhão, como se estivesse perguntando: "Quem são essas pessoas e por que estão falando comigo?". Eu não conseguia conter o sorriso.

Faço minhas necessidades rapidamente e me aproximo do espelho para retocar a maquiagem. Um pouco de batom aqui, uma ajeitada no cabelo ali, e me sinto pronta para voltar. Meu coração está leve, e pela primeira vez em muito tempo, me atrevo a pensar que estou genuinamente feliz.

Saio do banheiro com passos rápidos, distraída, e acabo esbarrando em alguém. Antes que eu consiga murmurar uma desculpa, levanto a cabeça e tudo ao meu redor para.

O rosto dele. Um rosto que pensei – que esperei – nunca mais ver.

— Encontrei minha gata fujona — sua voz chega aos meus ouvidos como uma lâmina, cortando o ar ao meu redor. Seu sorriso se alarga, cheio de malícia, como se ele estivesse saboreando o medo que sabia que estava estampado no meu rosto.

Meu corpo congela. O chão parece ter sumido sob meus pés, e todo o ar no ambiente fica pesado, sufocante. Tento dar um passo para trás, mas meu coração dispara ainda mais quando sinto a parede fria atrás de mim. Estou encurralada.

— Se divertiu se deitando com outro homem enquanto eu estava fora? — ele continua, a voz carregada de sarcasmo, cada palavra pingando veneno.

Minhas mãos começam a tremer, e um pânico absoluto me toma. Tento controlar minha respiração, mas meu peito está apertado, e o som da sua voz ecoa em minha mente, trazendo de volta todos os momentos horríveis que passei ao seu lado. Ele é real, está na minha frente, e tudo o que lutei tanto para esquecer, para superar, volta à tona.

— Phillip... — minha voz sai quase como um sussurro, fraca, irreconhecível até para mim mesma. Tento me recompor, lutar contra o medo que toma conta do meu corpo, mas ele dá um passo à frente, e a proximidade faz meu estômago revirar.

Ele levanta uma das mãos, tocando meu rosto de maneira que ele acha carinhosa, mas que só me causa repulsa. Tento me afastar, virar o rosto, mas estou presa.

— Você pode fugir, Nayla, mas sempre vou te encontrar — ele sussurra no meu ouvido, seus olhos queimando de obsessão. — Não importa aonde você vá, com quem esteja. Eu sempre vou te achar.

Meu corpo se arrepia, cada fibra do meu ser gritando para eu sair dali, para fugir. Mas as palavras dele reverberam na minha cabeça, paralisando-me. Pensei que tinha escapado, que ele nunca mais iria me alcançar, mas aqui esta ele, diante de mim, como um pesadelo vivo.

Por um breve segundo, me pergunto se isso é real, se não estou presa em algum tipo de alucinação. Mas o calor da sua respiração próxima demais ao meu rosto, o peso de suas palavras, me fazem perceber que essa é a terrível realidade.

O caminho até vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora