⚜CAPÍTULO 16⚜

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Estou fodida com F maiúsculo!

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Estou fodida com F maiúsculo!

O que foi aquilo ontem à noite? Se aquilo não era um encontro, não sei o que era. Disse que não ia deixar que ele me confundisse de novo, mas aqui estou eu, toda boba pensando nele.

Levanto-me da cama, ainda sentindo as borboletas no estômago. Caminho até a cozinha, tentando me ocupar com a rotina matinal. Mas tudo me lembra dele: a xícara de café que ele bebeu, o lugar onde ele se sentou, até consigo ouvir o som da sua risada ecoando pela casa. Pego meu celular, hesitante. Quero mandar uma mensagem, mas o que eu diria?

"Bom dia, adorei o jantar e a caminhada, podemos repetir a dose?"

Parece tão simples, mas, ao mesmo tempo, isso é tão complicado. Decido me focar em algo produtivo, algo que distraia minha mente. Vou para o quarto da bebê e começo a organizar as roupinhas, dobrando e separando por tamanho. O toque suave dos tecidos ajuda a acalmar meus pensamentos, mas não por muito tempo. A imagem de dele aparece em minha mente repetidamente, seu sorriso, seu toque gentil.

Afundo meu rosto na manta que seguro em minhas mãos.

Não posso me apaixonar por ele. De jeito nenhum. Mas meu coração parece ter outras intenções. Enquanto luto contra meus sentimentos, ouço uma notificação no celular. É uma mensagem de Dante.

"Bom dia! Que tal um café da manhã?"

Meu coração dispara e sinto um sorriso involuntário se formar em meu rosto. Talvez eu esteja mais fodida do que pensei, mas uma parte de mim não se importa.

Respiro fundo e respondo.

"Bom dia! Adoraria. Te vejo em 30 minutos?"

Com a mensagem enviada, sinto uma onda de excitação misturada com nervosismo. Me apresso para me arrumar, escolhendo uma roupa que ainda me caiba. Opto por uma calça de moletom preta e um top verde, decido não usar maquiagem e prendo o cabelo em um rabo de cavalo. Se eu me arrumar mais que isso, estarei admitindo para mim mesma que gosto dele. Dando uma última conferida no espelho, saio de casa e atravesso o jardim.

Chego à porta de sua casa e antes que possa bater, ela se abre. Ele está ali, com um sorriso que derreteria qualquer coração. Usando uma camisa azul clara que realça seus olhos e jeans confortáveis. Simples, mas irresistível.

— Bom dia! — diz, seus olhos brilhando ao me ver.

— Bom dia — respondo, sentindo minhas bochechas corarem levemente. Ele abre espaço para que possa entrar, e a casa é ainda mais acolhedora à luz do dia. A mesa da cozinha está posta com um café da manhã delicioso: frutas frescas, pães, sucos e café fumegante.

— Você realmente sabe como fazer alguém se sentir especial — comento, admirada com o cuidado nos detalhes.

— Nesse caso, isso só acontece com você — responde sincero, puxando uma cadeira para mim. Sentamos à mesa e começamos a nos servir. A conversa flui naturalmente, com risadas e trocas de histórias. Cada momento com ele parece fácil, sem esforço. E é exatamente isso que me assusta.

O caminho até vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora