4 • Em apuros no jantar

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Pov. Maya Bishop

Toco a campainha e escuto alguns gritos dentro da casa. Depois de alguns minutos a porta se abre. Engulo em seco ao ver a imagem de uma Carina completamente fofa na minha frente:

- Mãe, Maya chegou - a garota diz sem desgrudar seus olhos dos meus. Ela vestia um short branco, extremamente curto por sinal, e uma camiseta preta que estampava a logo DC Comics, não usava nada nos pés, estava descalça.

- Vai pegar um resfriado se ficar andando descalça desse jeito - aponto para seus pés. Carina se aproxima e me abraça.

- Ainda bem que você não é minha mãe - a menina se aproxima da minha bochecha e beija o canto da minha boca. Estremeço - Pode entrar - ela me dá espaço para que eu entre na casa.

A mesa já estava posta, um frango assado estava em um prato ocupando o meio da mesa, havia uma travessa com macarrão ao molho branco e uma jarra de suco ao lado. Pego o vinho branco que estava em minhas mãos e deixo ao lado do frango:

- Que bom que chegou, May - Vincenzo me abraça de forma desajeitada. Ele era muito tímido - Estou morrendo de fome e minha esposa não deixa ninguém comer nada até você chegar.

- É falta de educação comer antes da visita - Lucia vem da cozinha com alguns pratos em suas mãos, Andrea vem logo atrás trazendo copos.

- Maya já é praticamente da família, mãe - o garoto, diz enquanto coloca os copos em frente aos pratos que sua mãe organizava.

Carina se junta a nós, a garota para ao meu lado e me encara. Isso me deixa sem graça, seu olhar sobre mim era impossível de ignorar, luto contra a vontade de retribuir seu olhar.

- Carina! - sou salva pela voz da minha amiga - Não disse para tirar essa calcinha que você chama de short? - a menina falta se contorcer de vergonha, seu rosto inteiro estava vermelho.

- MÃE!

- Vai colocar uma calça ou pelo menos, use um short que tampe sua bundinha magrela - sinto vontade de rir, a cara que Carina fazia agora era impagável, apesar de que, teria que descordar de Lucia. A bunda da garota não tinha nada de magrela, era grande, redonda e empinada, tenho certeza que eu teria dificuldade em segura-la com minhas mãos. Não que eu vá colocar minha mão em sua bunda, foi apenas uma observação - E vê se calça um chinelo. Se eu te ouvir tossindo te coloco de castigo.

- Você é insuportável, mãe - a morena sobe até seu quarto, completamente constrangida e revoltada.

- Ouviu o jeito que sua filha fala comigo? - Lucia encara Vincenzo, ela não parecia brava, estava apenas implicando com o marido.

- É claro, né, mãe - Andrea se senta ao lado do pai - Você fica passando vergonha nela na frente da Maya - o pequeno Deluca me olha com um sorriso sacana, como quem diz: sei todos os seus segredos, sua velha tarada. Meu Deus, o que esse moleque sabe? Quer dizer, não havia nada para saber, apenas que a irmã dele fazia tudo para me provocar, nada além disso.

- Você mesmo já disse, Andrea. Maya é da família - o sorriso que Lucia dá ao dizer isso me quebra. Eu amava tanto essa mulher, minha melhor amiga, minha grande companheira, e eu estava aqui, imaginando qual seria a sensação de apalpar a bunda da filha dela.

Poucos minutos depois, Carina ainda não tinha voltado para o jantar. Todos estavam comendo e conversando entre si, mas nada da morena aparecer:

- Carina ainda não desceu - digo comendo um pedaço do frango.

- Ela está dando birra, quando sentir fome, vai descer - Luci diz dando de ombros e volta sua atenção a algo que Vincenzo dizia. Andrea estava preso em seu próprio mundo, enquanto o casal contava histórias um ao outro.

- Vou chama- lá - limpo a boca com um guardanapo e me levanto.

- May, não precisa - Vincenzo sorri para mim - Daqui a pouco ela vem. Andrea tem razão, ela deve estar com vergonha.

- Preciso ir ao banheiro, já passo em seu quarto e a chamo - me afasto da mesa e subo as escadas.

Em poucos segundos estou na porta de seu quarto, bato, mas não recebo nenhuma resposta. Então me atrevo a entrar. Não consigo segurar o sorriso com a visão que tenho.

Carina estava sentada na cadeira em frente a sua escrivaninha, seus pés, ainda descalços, estavam embaixo da sua bunda, ela sentava sobre eles. Um fone de ouvido tocava uma música super alta, consigo ouvir a melodia. Me aproximo e vejo que ela estava escrevendo um poema.

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