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- 𝖀m novo órfão chega ao "Lar da Senhorita Peregrine para crianças peculiares". Dominic, um garoto de apenas 16 anos com um grande poder de metamorfose e um passado desconhecido. Sem memórias de seus pais ou a...
— Preciso avisar ela! — Corro o mais rápido que posso, fazendo meus pulmões trabalharem oxigênio que eles não tem. — Ela precisa saber.
Samantha correu através das densas florestas, cada passo impulsionado pela urgência de chegar ao seu destino. Galhos e raízes tentavam barrar seu caminho, mas sua determinação era mais forte.
Cada obstáculo vencido a aproximava mais do orfanato, seu coração batendo com a esperança de encontrar um lar para si e para outras crianças como ela. À medida que emergia das sombras das árvores, seus olhos se fixaram no edifício à frente. Era como uma miragem de cores vibrantes e alegres no meio da natureza selvagem.
As paredes pintadas em tons suaves e brilhantes irradiavam uma sensação de acolhimento e conforto. Grandes janelas deixavam a luz do sol banhar os espaços internos, iluminando cada canto do orfanato com calor e vitalidade.
O jardim dianteiro era um oásis de serenidade, com flores coloridas dançando suavemente ao vento e uma área de recreação convidativa, adornada com balanços e escorregadores. Era como se o próprio ambiente estivesse sussurrando palavras de esperança para aqueles que se aproximavam.
Adentrando o orfanato, Samantha foi recebida por corredores espaçosos que levavam a quartos limpos e confortáveis. Entretanto, seu objetivo não saia de sua cabeça: "Encontre-a".
As paredes decoradas com desenhos animados sorriam para ela, enquanto as camas arrumadas com cobertores macios pareciam convidá-la para um merecido descanso.
Ela passou por cada quarto, até chegar em uma sala que ficava no fundo do corredor. Seu contorno era sinuoso, como se tivesse sido esculpida pela própria natureza. A madeira antiga exibia veios intricados, como se guardasse segredos milenares em seu cerne.
As dobradiças de metal polido brilhavam sob a luz, contrastando com a pátina envelhecida da madeira. Ao longo das bordas, entalhes intricados formavam padrões misteriosos, quase como se estivessem vivos, dançando e se contorcendo à medida que os observava.
A maçaneta, esculpida em forma de serpente, parecia pronta para se contorcer e ganhar vida a qualquer momento. Suas escamas detalhadas pareciam tão reais que quase podiam ser sentidas sob os dedos.
— Minha senhora? — A voz da garota soa pelas paredes, fazendo eco. Ela deu um passo á frente, entrando mais no quarto. — Senhora?
— Estou aqui, *angelum meum. — O som de uma voz feminina apareceu, vindo debaixo de uma mesa. (*Anjo meu* em latim.)
Samantha se aproximou da mesa com cautela, seu coração batendo forte no peito enquanto tentava vislumbrar a figura misteriosa à frente. Um véu de sombras parecia envolver a mulher, tornando seus contornos difíceis de discernir.
