— Você saiu com a Liz ontem à noite, Dália? – A voz de minha mãe quebra o silêncio na mesa do café da manhã.— Sim, fomos ao parque.
— Ah, sozinhas? Ou acompanhadas? – Owen lançou um olhar sugestivo na minha direção, sua expressão carregada de insinuações inconvenientes.
Sério, como minha mãe não vê o quão nojento ele é?
— Owen... – A repreensão de minha mãe foi suave, mas ele ignorou completamente.
— Não é da sua conta, Owen. – Minha voz soou mais fria do que pretendia, mas eu estava cansada das insinuações dele.
— Dália, olha como fala com seu padrasto. – Minha mãe interveio, mas sua voz repleta de uma tentativa frágil de manter a paz.
— Ele não é meu padrasto, ele é só o cara com quem a senhora trepa. – Deixei escapar sem filtros, minha frustração transbordando em minhas palavras.
Owen arqueou as sobrancelhas, seus olhos faiscando com uma mistura de surpresa e raiva contida. Minha mãe desviou o olhar, visivelmente desconfortável e irritada com a tensão que se instalara na mesa.
— Estou de saída. – Levanto abruptamente e saio da sala.
Deus, como eu odeio isso. Como eu odeio ele.
Desde que minha mãe decidiu enfiar esse desgraçado dentro de casa, eu não tenho paz.
Pego minhas coisas e me dirijo a garagem para pegar o carro. Preciso pegar Liz para irmos á faculdade.
As pessoas parecem estar um pouco assustadas depois que a notícia do parque esteve estampada em cada canto e jornal na cidade.
Liz me xingou o caminho todo, dizendo que eu era irresponsável, que algo poderia ter acontecido comigo, e blá blá blá.
— E o cara simplesmente te ajudou a sair do labirinto?
— Sim! Mas foi tão... Eu não sei. Foi assustador mas ao mesmo tempo me deu uma sensação muito boa. – Tento explicar a sensação daqueles olhos negros me examinando dos pés à cabeça naquele labirinto.
— Você percebe que isso é doentio, certo? – Liz pergunta.
— Doentio? Você está me ofendendo. – Coloco a mão no peito dramaticamente. — Só estou dizendo que estar naquele labirinto com aquele cara foi emocionante.
— Você está atraída por um cara mascarado que você deveria ter medo. É doentio. – Liz diz agarrando meu braço.
— Não estou atraída por ele. – O sinal bate e nos apressamos para entrar na faculdade.
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NOITE DO HORROR
RomanceDália adora sentir a adrenalina do terror, mas nunca esperava que sua paixão pelo medo a levasse a um encontro com o verdadeiro horror. Na "Noite do Horror", um parque temático de terror, ela se depara com Dante, um artista enigmático e mascarado c...