Eu tento falar algo, ou me mover, mas não consigo. É como se eu estivesse presa em um pesadelo. O homem de capuz continua a acenar lentamente.
Meu coração bate tão forte que sinto que pode explodir a qualquer momento. Liz volta para o meu lado, o celular ainda pressionado contra a orelha.
— A polícia está a caminho – ela diz, ofegante. — Eles pediram para a gente não fazer nada e ficar longe das janelas.
Eu apenas aceno com a cabeça, incapaz de desviar o olhar daquele homem. Ele sabe. Ele sabe que estamos com medo e está se deliciando com isso. Meu corpo finalmente responde e dou um passo para trás, afastando-me da janela.
— Precisamos sair daqui – sussurro, tentando não entrar em pânico.
Liz concorda e começa a puxar-me para longe da janela. Passamos pelo corredor e entramos no quarto dos meus pais, onde trancamos a porta atrás de nós. Eu pego meu celular, minhas mãos tremendo tanto que quase o deixo cair. Tento ligar para minha mãe, mas a chamada vai direto para a caixa postal.
— O que ele quer? – Liz pergunta, a voz cheia de terror. — Por que está fazendo isso?
Não tenho respostas para dar a ela. Eu me sinto impotente, como se o chão estivesse desmoronando sob meus pés.
Sério, por que isso tudo está acontecendo comigo?
De repente, um som de passos é ouvido no andar de baixo, são passos pesados, e bem calmos, a pessoa que está lá embaixo definitivamente não está com pressa. Liz e eu nos entreolhamos, os olhos arregalados de medo.
— Ele entrou – sussurro, sentindo uma onda de pânico me dominar.
Como ele entrou? Não fez barulho algum, nem o alarme foi disparado.
E onde estão os seguranças?
Liz agarra meu braço, os dedos apertando minha pele com força.
— Precisamos nos esconder – ela diz, puxando-me em direção ao armário.
Entramos no armário, fechando a porta atrás de nós. O espaço é apertado e escuro, mas oferece uma sensação mínima de segurança.
Isso é tão clássico, é assim que os adolescentes burros morrem em filmes de terror.
Escuto os passos pesados vindo da sala, o som se aproximando cada vez mais. Tento controlar minha respiração, mas é quase impossível.
Liz segura minha mão, seus dedos entrelaçados nos meus.
Os passos param e de repente a porta do meu quarto parece ter sido aberta, ouvimos passos pesados novamente.
A porta do quarto dos meus pais abre com tudo e coloco a mão sobre a boca.
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NOITE DO HORROR
RomanceDália adora sentir a adrenalina do terror, mas nunca esperava que sua paixão pelo medo a levasse a um encontro com o verdadeiro horror. Na "Noite do Horror", um parque temático de terror, ela se depara com Dante, um artista enigmático e mascarado c...