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Desde que meu pai desapareceu e minha mãe começou a sair com Owen, eu não consigo dormir direito

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Desde que meu pai desapareceu e minha mãe começou a sair com Owen, eu não consigo dormir direito. É difícil ter uma noite onde não tenho pesadelos.

Abro meus olhos e a escuridão do quarto preenche minha visão. Está tudo tão quieto mas mesmo assim algo dentro de mim não se acalma. Preguiçosamente, me viro na cama em direção à janela.

Mas meu coração quase para e me levanto assustada pegando meu celular, discando o número da polícia. Meus dedos tremem e não consigo esboçar nenhuma reação enquanto encaro a silhueta de uma pessoa na minha janela.

Minha respiração está pesada e irregular enquanto meus dedos tentam discar o número da polícia. Cada segundo parece uma eternidade, e o silêncio no quarto se torna ensurdecedor. Finalmente, consigo completar a chamada. Decido que preciso de luz. Preciso ver claramente o que está acontecendo.

911, qual é a sua emergência? Uma voz feminina diz do outro lado da linha, mas não consigo responder nada.

Com um movimento rápido e desesperado, alcanço o interruptor e acendo a luz do quarto. A claridade inunda o ambiente, e meu coração martela no peito enquanto meus olhos se ajustam à luminosidade. Quando a luz se acende, me viro lentamente para a janela, esperando ver a figura ainda ali.

Mas não há nada.

Não... Não é nada. Desculpe, foi engano... Falo apressadamente com a voz trêmula e desligo a chamada.

O pânico começa a diminuir, substituído por uma confusão crescente. A janela está vazia, sem sinais de qualquer intruso. Me aproximo com cuidado, minha mente lutando para entender o que acabei de ver.

Olho para fora e vejo apenas o jardim iluminado pela luz fraca dos postes. Nenhum movimento, nenhuma sombra suspeita. Sinto um alívio misturado com frustração. Será que realmente vi alguém ou foi apenas minha imaginação pregando peças em mim?

Eu realmente preciso dormir.

Volto para a cama, mas o sono está ainda mais distante agora. Deito-me, olhando fixamente para o teto, tentando acalmar meu coração.

A imagem daquela silhueta ainda está fresca na minha mente, e cada pequeno ruído faz meu corpo se sobressaltar. Tento racionalizar o que aconteceu, mas nada explica. Ou tinha alguém na minha janela ou eu estou ficando louca.

Minutos passam, talvez até horas. Finalmente, o cansaço vence a ansiedade e meus olhos começam a fechar lentamente. Antes de adormecer, faço uma promessa a mim mesma: amanhã vou falar com minha mãe sobre isso. Precisamos reforçar a segurança da casa. Não importa se foi real ou imaginário, a sensação de perigo é verdadeira demais para ser ignorada.

Quando o sono finalmente me toma, meus sonhos são uma mistura de sombras e luzes, de segurança e ameaça.

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