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Entro no carro e ligo o motor, o som suave me acalma por um momento, mas minha mente continua agitada

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Entro no carro e ligo o motor, o som suave me acalma por um momento, mas minha mente continua agitada. Observo Dália pelo espelho retrovisor enquanto ela sai do supermercado com suas compras. Sua expressão ainda está marcada pela confusão que deixei nela.

Isso me faz sorrir mais uma vez.

Dirijo devagar, mantendo uma distância segura enquanto sigo seu carro. Cada movimento dela é gravado na minha mente, como uma coreografia que eu já conheço de cor.

Tento me concentrar no que Yuri disse, nas notícias que ele mencionou, mas a imagem de Dália é uma distração constante.

Ela finalmente chega em casa, uma mansão  cercada por altos portões. Paro o carro em uma rua próxima, de onde posso observar a entrada. A vejo descer do carro e ser recebida por um dos seguranças de sua mãe, que leva suas compras para dentro. Ela sorri para ele, um sorriso que eu gostaria que fosse só meu.

Pego meu celular e vejo as mensagens de Yuri. Ele está impaciente, me chamando para encontrá-lo. Respiro fundo, tentando afastar a imagem de Dália da minha mente pelo menos por alguns minutos.

Tenho que focar no trabalho.

Dirijo até o ponto de encontro, um armazém abandonado na periferia da cidade. Yuri está esperando do lado de fora, fumando um cigarro. Quando me vê, joga o cigarro no chão e pisa em cima dele.

— Finalmente, Dante. O que você estava fazendo? — ele pergunta, impaciente.

— Fiquei preso no trânsito — minto, tentando desviar a conversa.

Ele me olha desconfiado, mas decide não insistir.

— Temos algo. Um informante nos deu uma pista sobre o cara. Ele está escondido em um armazém na outra ponta da cidade. Temos que ir agora.

Assinto, sentindo a adrenalina começar a correr pelas minhas veias. Esse cara é um fantasma que estamos perseguindo há anos. Finalmente, temos uma chance de pegá-lo.

Aleksander é um grande filho da puta. Mas confiava nele, não só eu, mas todos que trabalham para mim. E o desgraçado aproveitou essa vulnerabilidade e nos traiu, o prejuízo, as mortes que ele causou, são danos irreparáveis.

Mas eu vou fazer questão de fazê-lo pagar.

Entramos no carro de Yuri e seguimos em direção ao local indicado. A cidade passa como um borrão pela janela enquanto minha mente oscila entre a missão e Dália.

Quero me aproximar dela, quero que ela fique obcecada por mim assim como estou por ela.

Tento focar no que está por vir, mas a imagem dos olhos azuis dela continua me perseguindo.

Chegamos ao armazém e nos preparamos. Yuri me passa uma arma e verificamos o equipamento. Entramos silenciosamente, a tensão no ar é quase palpável. Cada passo é calculado, cada sombra observada.

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