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— Olá querida, voltamos! – Minha mãe diz alegremente enquanto entra na sala

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— Olá querida, voltamos! – Minha mãe diz alegremente enquanto entra na sala.

— Sentiu nossa falta, eu sei. – A voz de Owen ecoa pela cozinha enquanto estou fazendo umas panquecas.

Me seguro ao máximo para não revirar os olhos para ele.

— Sim, estava morrendo de saudades, quase não consegui dormir sem vocês aqui. – declaro, deixando a ironia evidente em meu tom de voz.

— Não seja ranzinza, garotinha. – Minha mãe sorri.

Ranzinza. Tem um maluco me vigiando e invadindo a casa e ela estava em outro país trepando com o namoradinho nojento dela, é óbvio que estou sendo ranzinza.

Minha mãe atravessa a sala em passos curtos e animados, carregando várias sacolas coloridas. Como ela consegue gastar tanto dinheiro com tanta futilidade?

Owen a segue com uma expressão satisfeita no rosto, segurando um presente envolto em papel brilhante. Reviro os olhos em silêncio.

Enquanto eles se acomodam na cozinha, continuo focada nas panquecas, despejando mais uma porção de massa na frigideira quente, a manteiga chia e o aroma  se espalha pelo ambiente.

Minha mãe aproxima-se, observando o café da manhã, embora tenha perdido o costume de se importar com essas coisas pequenas desde que começou a viajar constantemente com Owen.

Isso aí vai me fazer engordar, Dália! – exclama ela, puxando uma cadeira e se sentando à mesa. Você poderia fazer uma salada de frutas pra mamãe, não poderia?

Mas é claro, nunca está bom o suficiente.

— Eu vou aceitar as panquecas, é muito difícil resistir ao que você faz. – A frase em si fora muito gentil, mas quando olho para Owen, ele está com aquele olhar.

O olhar que me dá náuseas, nojo, enjôo.

Tenho um presente para você, Dália. –  Owen interrompe meus pensamentos. Eu estreito os olhos para ele, e meus olhos caem para o presente embrulhado num papel brilhante. Abra. Eu comprei com muito carinho.

Pego a caixa e a coloco sobre o balcão, quando a abro, vejo um vestido vermelho dentro. Encaro o "presente" e depois me volto para Owen.

— Obrigada. É um belo vestido. – agradeço, e ele me dá um pequeno sorriso que faz eu apertar o vestido com força.

— Fico feliz que tenha gostado, ah, e também tinha uma encomenda para você na porta. – ele coloca uma caixinha preta comprida no balcão e eu a pego.

— Encomenda? repito, incerta. Eu não estava esperando nada.

Era uma caixinha pequena e retangular,  embrulhada com um laço preto. Meu estômago se revira. Quem poderia ter deixado isso aqui? Viro-me para Owen, que me observa com aquele mesmo sorriso esquisito.

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