A chegada a Sant Jocobs

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   Era uma manhã de verão cheguei em Saint Jocobs, a cidade era pequena com poucos habitantes,estava provavelmente na rua mas movimentada da cidade havia várias pessoas andando com vestidos longos com muitos e muitos babados e laços esquisitos, bem diferente da Índia, eu usava uma blusa um pouco curta e uma saia longa, ambas duas eram vermelho com muitos detalhes dourados e é claro muitas jóias que adornavam as minhas vesti. Muitos olhares indiferentes vinham até mim mas de certa forma já havia me acostumado até eu chegar aqui milhares de pessoas me olhavam dessa maneira, mas pra ser sincera eu nem ligo para tal futilidade. Meus pais me enviaram pra cá para passar o verão na casa dos meus tios mesmo eu não querendo!

   Esperava em frente a estação ferroviária com as malas empilhadas uma sobre a outra,era tão irritante esperar  a carruagem que ainda não havia chegado. Se eu estivesse na Índia qualquer cocheiro pararia na mesma hora para me levar a qualquer lugar . Eu não deveria ter concordado com esse absurdo, eu faria de tudo pra está na Índia.

Uma barulho atrás de mim me assusta só o que mas me assustou foi o que eu vi.

As minhas malas, as minha roupas, as jóias tudo jogado e espatifado no chão, um homem alto e branco com cabelo preto tinha deixado tudo cair ele  estava no chão,por  alguns segundos só fico olhando com a raiva subindo até nas narinas, o homem rapidamente se levanta eu vejo o relógio de bolso  do meu pai que ele tinha me dado e que eu tinha prometido guarda em pedaços no chão. — OLHA SÓ O QUE VOCÊ FEZ! Pego o relógio e vejo que o vidro tinha se espedaçou e não rodava mas.
— Me desculpa senhorita. Eu começo a ajuntar as minhas roupas nunca tinha passado por tal humilhação ele começa a recolher as roupas junto comigo e eu falo:
— Não mecha você já fez o bastante. Falo praticamente bufando. Ele começa a pedir desculpa outra fez, percebo que as  roupas dele estava cheias de graxa
— Olha para de se desculpar e sai daqui nem um pedido de desculpa vai concerta o meu relógio.
— Isso foi um acidente mas  você tem razão... Eu pago o concerto.

Ele não podia está falando sério começo a rir de ódio e digo mostrando o relógio para ele.
— Veja bem esse relógio é de ouro puro e é adornado em diamantes e esmeraldas nem mesmo todo o seu salário vai pagar o concerto.
— Ele olhou para o relógio, indignado, irritado e coberto de culpa , e disse:

— Tem razão eu não posso pagar tudo isso,mas  não precisa me tratar como se eu fosse o responsável por tudo.

— Hora e você não é

Com um suspiro frustrado, ele virou as costas quando ouvio alguém o chamando e disse.
— Me desculpa senhorita, mas ainda vou pagar pelo concerto você verá. Fico de cara fechada sem dizer nada, começo a recolher as jóias e as demais coisas.

Ele murmura quando olha pela última vez

— Sempre os mesmos problemas com gente rica.

Em seguida, ele se afastou.

Depois dessa confusão desastrosa empilho novamente as malas mas dessa vez as seguro para que nenhum estúpido como aquele derrubasse novamente já basta de humilhações por hoje. Logo a carruagem preta chega não era tão bonita quanto as do meu pai mas dava pro gasto nessa cidadezinha, o cocheiro velho de cabelo grisalho diz para mim assim que chega— Licença senhorita você vio por aqui uma jovem de 19 anos o nome dela é Aruna Clark, Ele não podia está falando sério?
— Bom você está falando com ela, ele me olha da cabeça aos pés e diz surpreso
— Me desculpa senhorita Clark mil perdões.
— Tudo bem... Pegue minhas malas ali.
— Sim senhorita Clark e mil perdões. Entro na carruagem que começou a andar a cidade em si era até que bonitinha havia muitas árvores de Ypê as minhas preferidas, arquitetura era  diferente da Índia era o que mas me trazia curiosidade mas é claro que a arquiteto indiana era mil vezes mas bonita e chamativa.

Estava nervosa eu já tinha visto esses meus “tios” uma vez mas já faz muito tempo nem me lembrava ao certo os rostos deles. Passamos por várias fazendas com gramas verdes e ruas de terra com cheiro de rosas e musgo. Assim que paramos saio da carruagem estava ventando com uma brisa boa pra variar tantas humilhações, uma empregada já estava na porta a minha espera a casa em si era grande com dois andares era visivelmente menor do que a minha casa mas ainda assim era alguma coisa, a empregada fala depois que eu entro
— Seja bem vinda senhorita Clark. O senhor Hopper já irá descer com a senhora Roselin.
  Eu apenas balanço a cabeça não sabia ao certo o que esperar será que eles eram tão boas pessoas como meus pais diziam, será que o meu tio Hopper parece com meu pai devem ser parecidos eu acho? são irmãos afinal.

Enquanto esses pensamentos rodopiavam na minha mente, ouvi passos descendo as escadas. Olhei em direção ao som e vi meus tios aparecendo, primeiro o tio Hopper, seguida pela tia Roselin.

A empregada ao meu lado se afastou, me deixando sozinha diante deles. Mesmo com todas as minhas inseguranças, me mantive ereta, o queixo ligeiramente erguido, como se cada passo que desse em direção a eles fosse um lembrete de que eu não estava ali por vontade própria, mas por obrigada.

  O tio Hopper era alto e branco e tinha os olhos azuis  do papai mas era mas velho com cabelo grisalho e a barba rala. Ele sorria alegremente para mim e atrás dele a cara da “tia Roselin” era impagável ela parecia assustada me olhava dos pés a cabeça, mas em nenhum momento me deixei levar pela insegurança que lá no fundo sentia.
— Tem certeza que essa é a filha do Lucas Clark?
— Não seja boba Roselin ela é a cara da mãe. Ele me abraça com o sorriso de orelha a Orelha — Desculpa pelos modos da Roselin. Ele da uma pausa e continua
— Você cresceu bastante Aruna como está bonita filha.
— Obrigada senhor
— Sem formalidades só me chame de tio Hopper. Balancei a cabeça com um meio sorriso ele deveria ter em volta de 64 anos eu acho. — Deve está com fome fizemos uma linda mesa pra você.
— Não era necessário senho... Tio Hopper.
— É claro que é. Venha ande venha.
   Fomos até a sala de chá que tinha várias janelas com uma vista linda para árvores de Ypê rosas e amarelas . A Roselin vinha logo atrás ainda lançando olhares curiosos era evidente que ela não era nenhum um pouco simpática, a arquitetura da casa era bem diferente com cores mas neutras e simples do que a minha casa. Na mesa havia muitos doces, bolos, torta, pães, frutas. Tio Hopper falava sobre suas aventuras com o meu pai e como ele conheceu a minha mãe. Depois de um tempo

Um homem atrás do tio Hopper cochicha no ouvido dele — Bom Aruna se  sinta-se em casa eu tenho que ir resolver alguns assuntos. Eu aceno com a cabeça e ele continua — A sua tia vai monstar o resto da casa pra você. Ela não parecia muito animada mas talvez ela só não mudasse essa cara que parecia que estava sempre de mal humor. Nós duas subimos as escadas ela falava sobre regras atrás de regras que eu tinha que seguir aqui, iria enlouquecer aos poucos com essa mulher . Assim que chegamos no quarto ele era bem espaço com uma vista ainda melhor para a natureza
— Você ficará aqui durante esse tempo que ficar, ela diz com a voz ríspida. Eu agradeço sem muita empolgação. Ela logo fala
— Quantos anos você tem?
— 19.
— E você ainda não tem nenhum pretendente é pior do que eu pensei. Aquelas palavras me irritaram mas do que qualquer outra coisa ridícula que já ouvi.
— Não preciso de nenhum pretendente senhora Roselin estou muito bem sozinha. Ela parecia bem ofendida mas não mas do que eu
— Não responda aos mais velhos mocinha nessa casa não permitimos isso. Eu encaro com as sobrancelhas formando uma linha reta de raiva “ pretendente uma mulher não precisa de um marido para ser algo na sociedade”.

Ela se vira para sair — E vista uma roupa mas descente para o jantar. Porque eu vivo num mundo desses cheio de preconceitos eu não posso ser eu mesma sem ser julgada.

Naquele mesmo dia eu não desci pra jantar e nem para nada, tio Hopper se perguntava ao sentar na mesa o que havia acontecido para eu não descer, ele estava  provavelmente triste. Dormi segurando o relógio do meu pai desejando nunca ter vindo para cá.



 Dormi segurando o relógio do meu pai desejando nunca ter vindo para cá

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