Uma amiga inesperada

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O sol brilhava no meu quarto era impossível dormir. Mas me levantei com um propósito bem maior do que a vontade de dormir enviar uma carta para meus pais, dei um pulo da cama fui até as gavetas atrás de caneta papel tudo que eu precisasse para começar a escrever a bendita carta. Escrevo o mais rápido que pude peguei uma vela acessa e logo celei a carta. Tinha que ser rápida e pedi para o tio Hopper antes que ele saísse pro trabalho,  para eu mesma ir até o correio não era seguro entregar a carta nas mãos de qualquer um, tomei um banho e vesti uma blusa e saia laranja ambos com muitos detalhes, ajeitei meu cabelo colocando um acessório de ouro no cabelo que combinaram perfeitamente com a pulseira.

Fui descendo as escadas só de lembrar o que a Roselin falou me dava nós nervos, na sala de chá estava Tio Hopper tomando seu café ele abre um largo sorriso assim que me vê me dando um abraço logo me pergunta
— O dia não está lindo? Eu aceno com a cabeça e respondo — Está deveras reluzente hoje. Nós se sentamos na mesa tia Roselin deu um meio sorriso para mim mas a ignorei. — Dormiu bem, logo respondo que sim pegando uma fatia de torta de maça.
— Você não desceu ontem. Eu e a Roselin nós entre olhamos parecia que o tio Hopper já sabia e queria que eu contasse logo a verdade,
— Só estava cansada da viagem até aqui.
  Tio Hopper dá um meio sorriso
— Assim tem razão a viagem é longa mesmo, vi a oportunidade e a agarrei firme
— Tio queria lhe pedi uma coisa.
— Mas é claro tudo pela minha sobrinha diga o que queres. A tia Roselin parecia me encarar do outro lado da mesa.
— Gostaria de ir até a cidade mandar uma carta para meus pais avisando que estou bem.
— Você não pode sair sozinha por aí de jeito nenhum. Como essa mulher é chata penso querendo ofende-la de todas as formas
— Ela não iria sozinha eu tenho que ir até a cidade  e posso levar a Aruna o que acha?  Respiro um tanto aliviada. Depois de uma longa pausa ela disse
— Se é assim... Não vejo problema.

Fico surpresa dela ter deixado tão facilmente, dou uns mini pulinhos imaginários de alegria com essa carta na próxima semana já estarei em casa.

Assim que chegamos na cidade Tio Hopper foi até a prefeitura e eu segui caminho até o correio a onde ele havia me ensinado o caminho que não era tão longe, segurava a carta com entusiasmo não vejo a hora de voltar pra casa, eu até gosto do meu tio mas não é a mesma coisa que está em casa com os meus pais. Entro no correio e um barulhinho de sino chacoalha acima de mim vou até o balcão que estava escrito recepção  me aproximo e vejo um homem abaixado procurando alguma coisa em meio a uma pilha de cartas — Olá.

O homem de levanta e meu rosto muda completamente ? não podia ser, ele era o mesmo homem que havia derrubado minhas malas, destruídos o meu relógio e espatifado minhas jóias! Por alguns minutos ficamos calados acho que ambos não sabiamos o que dizer mas dava pra ver que não gostávamos nenhum pouco um do outro principalmente eu.

— Você ? Ele muda  completamente a sua feição . Eu repto exatamente a mesma palavra e depois falo — Pensei que trabalhasse na ferrovia quebrador de relógios. Ele me olha com os olhos em chamas e diz mantendo a calma que não existia — Estou no meu horário de trabalho! O que você  deseja. Eu sorrio sarcástica mente então o quebrador de relógio é dedicado ao trabalho penso, mas logo falo me relembrando do porque estava aqui.

— Vim enviar essa carte para minha família. Falo com a voz ironizada  nossos olhares pareciam jogar flechas um para o outro
— Tudo bem preciso do endereço. Ele pega um bloquinho e uma caneta mas seus olhos ainda me jogavam pedras, mas em nenhum momento mudei minha cara de desdém.
— Índia na cidade de Calcutá, Avenida Chowringhee, rua Park Street. Ele balançou a cabeça que disfarçou bem a surpresa.
— Qual o nome da pessoa que você enviará essa carta.
— Para Lukas Clark. No mesmo instante ele olhou para mim mas não disse uma palavra ele não escondeu dessa vez a surpresa e apenas respondeu — Ok, assine aqui Srt.Clark

Porque a voz dele sai desse jeito irritante!!!

Assinei meu nome e ele fala erguendo as sobrancelhas — Bom entre 3 a 4 semanas sua carta será entregue.
— O QUE??? não podia ser três a quatro semanas esse fim de mundo as coisas eram assim, ele sorrir parecia se divertir com a minha desgraça — Pare de rir! Falo praticamente gritando um homem do nada parece perguntando o que havia acontecido mas mal conseguiu terminar a frase quando me vê seus olhos pareciam brilhar mas apenas reviro os olhos e digo — Olha só de um jeito para essa carta chegar antes é o
mínimo que você deve fazer. Sai do correio tão estressada três a quatro semanas! Que demora eu nunca vou sair daqui , essa cidade trás mal sorte só pode ser isso?

Enquanto Aruna saia do correio em passos rápidos Erick o homem que mal conseguio falar quando a vio diz para Lian o quebrador de relógio — Quem é essa mulher Lian, ela é tão... Tão linda. Nunca vi alguém assim antes.

Lian revirou os olhos, sem esconder desdém na sua voz grave
— Ela? Começou a ajeitar as cartas no balcão — É só uma menina mimada que acha que o mundo gira em torno dela, não se deixe se enganar pela aparência Erik a beleza não significa nada quando a atitude e tão insuportável quanto a dela.

Erick franzil o cenho ainda olhando para porta onde Aruna havia saído
— Sendo mimada ou não tem algo diferente nela. Comentou ele distraído

Lian deu de ombros claramente sem querer continuar o assunto ou  talvez irritado por ele.

Fui andando pela rua com passos rápido, três a quatro semanas era muito tempo eu não consigo me conformar com isso! Fui caminhando novamente até a prefeitura as pessoas se vestiam estranho nessa cidade porque sempre vestido porque não calça e saia de vez em quanto. Ouvi um barulho na rua ao lado e vi três crianças ao redor de uma garotinha no chão que chorava muito, mas de jeito nenhum praticamente corrir até lá e disse bem alto — O que acham que estão fazendo,as três meninas me olharam assustadas em quanto eu ajudava a menininha no chão que estava  com os olhos inchados de chorar, eu digo olhando para as outras crianças — Vocês não tem vergonha não quando eu descobrir quem são os pais de vocês. As meninas começaram a sair correndo, falo berrando em quanto elas corriam para rua de cima
— Voltem aqui suas pestes! Volto a olhar para garotinha que tinha lindo cabelos cor de mel que eram lisos.
— Você está bem. Falo passando a mão em seu cabelo que era muito macio
— Estou bem. Ela diz aos soluços
— Não você não está. — Qual o seu nome. Pergunto querendo abraçar aquela pobre criança
— É Judy.
— É um lindo nome Judy olha o meu é Aruna.  Ela me olha juntando as sobrancelhas era um nome bem peculiar por aqui — Estranho né.
— Não é estranho é único
— Você é a primeira a me dizer isso. Venha... Venha comigo.

Fomos até um banco que tinha de baixo de uma árvore, perguntei porque aquelas pestes estavam fazendo aquilo, ela relutou em dizer mas logo disse — É porque eu não sou de família rica igual elas.
— Hora que bobagem quando achar aquelas pestes . Judy começa rir e me faz rir também. Depois de um tempo conversando compro doces para nós comermos .Nunca pensei que a minha primeira amiga aqui seria uma criança.

Quando dou um pulo do bando “ eu esqueci tenho que voltar pra prefeitura encontar o tio Hopper". A garota me olha sem entender e eu falo — Desculpa eu tenho que ir esqueci completamente que devia encontrar meu tio Hopper a 40 minutos. Ela fala aponto para o outro lado da rua
— Aquele ali. Olha para trás e era o tio Hopper atravessando a rua na minha direção se a tia Roselin me odiava agora ele iria me odiar também.
— Aruna onde você estava não sabe o quanto eu fiquei preocupado. Ele fala assim que chega me dando uma abraço rápido de preocupação.
— A me desculpa tio é que surgiu um imprevisto. Atrás de mim a Judy olhava pro tio Hopper como se já se conhecessem
— Judy? Ele fala para a garotinha. Então eles se conheciam mesmo eu falo logo em seguida tentando entender
— Vocês se conhecem ?
— Sim ela é irmão do médico da nossa família. Levanto as sobrancelhas surpresas isso foi uma baita de uma considencia
— Isso é radiante. Falo sorrindo para Judy

Logo nos se despedimos dela e fui com o tio Hopper na carruagem ainda bem que ele não ficou com raiva. Enquanto isso Judy ia para sua casa pertos dos pomares de maçãs.

Só o que eu não sabia era que quando  chegasse em casa ia ser o começo do pesadelo.

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