Baile de Máscaras

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Eu estava no meu quarto enquanto a empregada Meredith apertava meus corser eu mal conseguia respirar
— Chega de você apertar mais eu morro asfixiada. Tia Roselin que estava sentada na cama tricotando fala — Meredith não a ouça continue. Antes que eu podesse falar ela puxa os fiozinhos do corser, e não dava pra responder mesmo se eu quisesse. O vestido que eu usei era vermelho mas o modelo até que me agradava mas não se comparava aos meus vestidos que a chata da tia Roselin havia pegado.

Esse baile cafona que nós iríamos. Tínhamos que colocar máscaras o que já está super ultrapassado para 1880. A carruagem para  frente a prefeitura já tinha muitas pessoas com vestidos super extravagantes e sapatos  cheios de adornos o que não eram tão ruins assim. Tia Roselin vestia um vestido verde simples ela dizia que a simplicidade era tudo, pra mim era tudo sem graça  mesmo.

O salão de festa era enorme até estava um tanto surpresa já que estamos falando de Sant Jocobs uma cidade no meio do nada! Assim que entramos comprimentamos o prefeito ele parecia ser simpática, o que me fazia rir era que ele quase não tinha cabelo e tinha uma barriga fora do normal. A musica era realmente entediante estava mas para um música de velório, a única coisa boa era a comida tinha tanto doce eu amava doces, ergo o meu olhar e vi Mari bem na minha frente com aquele mesmo sorriso inocente em seu rosto — Oi Aruna! Eu engulo rapidamente o bolo que comia e limpo minha mão no vestido — Olá Mari quanto tempo.

Havia outra menina atrás dele ela parecia ser mas velha que nós, eu aceno tentando parecer amigável e logo a garota que exibia lindo cabelos cor de mel e os olhos num tom azul  — Oi muito prazer. Ela da uma leve pausa — Você é a Aruna né ? Meu nome é Alice Bender. Ela parecia bem receptiva
— Muito prazer então Alice Bender.

Conversa vai, conversa vem, e, surpreendentemente, eu até que gostei de Alice. Ela parecia ser uma boa companhia. O trio de nós aproveitava o baile juntas, comentando sobre os vestidos e observando as pessoas dançando. Mesmo com toda a minha relutância inicial, acabei encontrando algum divertimento na companhia delas.

Mais tarde, Alice lançou um olhar malicioso e disse:

— Aruna, você realmente é uma garota de sorte. Thomas Allan e Lorenzo Forbes estão de olho em você. Eles são de famílias de muito prestígio. Parabéns.

Bufei, claramente desinteressada.

— Parabéns por quê? Não acho nenhum deles bonito — disse, sem rodeios.

Alice arregalou os olhos, surpresa.

— Não acha? — perguntou, chocada. — Aruna, você deveria se preocupar com essas coisas. Eu já tenho 20 anos e, se não me casar logo, vou acabar sendo vista como uma solteirona. Isso seria uma catástrofe!

Eu sabia que, naquela época, não se casar logo era um grande tabu, mas eu não estava nem um pouco preocupada com isso.

— Cada um com seus problemas, Alice. Eu, por enquanto, estou bem assim — respondi, já cansada daquele assunto. — Vou pegar uma bebida.

Saí da conversa, sentindo o peso de uma expectativa que não combinava comigo. Enquanto caminhava até a mesa de bebidas, percebi um olhar cravado em mim. Quando finalmente alcancei a mesa, encontrei o dono daquele olhar. Um rapaz que eu reconheci imediatamente. Lian!

— Pensei que só as pessoas importantes vinham para cá — disse, levantando uma sobrancelha. — Mas parece que deixam qualquer perrapato entrar.

Ele deu um sorriso irônico.

— Pensei o mesmo. O que você está fazendo aqui?

Antes que eu pudesse responder, Erick, o menino que parecia sempre ficar nervoso na minha presença, apareceu do nada. Ele tentou puxar conversa, mas fui salva pelo som da voz do prefeito anunciando que a dança começaria em breve. As meninas, incluindo Mari e Alice, rapidamente se juntaram ao nosso grupo.

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