Criminal

Uma chance

Me sinto péssima, não importa o que eu faça nem pra onde vou sempre me sinto igual. Tento relevar e dizer a mim mesma que é só uma fase, lido com meus problemas me divertindo mas no final do dia é sempre igual, eu acabo deitando na minha cama e me sentindo horrível.

— Como estão os pés?

— Bem.

— Inflamou de novo?

— Não.

Eu não queria falar com ninguém, pela primeira vez essa maldita dor estava me deixando depressiva e eu só queria ficar no quarto e fingir que o mundo lá fora não existia. Mas a cada cinco minutos alguém entra aqui pra me perguntar alguma coisa e tenho que me esforçar em parecer normal.

— Temos uma missão na semana que vem se você quiser ir.

— É necessário?

— Não mas você disse que....

— Eu não quero, obrigada.

Zayan estava falando comigo, ele me pediu pra deixar ele em paz e eu estava fazendo isso mas ele estava falando comigo. Se sente culpado pelo que me disse mas ele só estava sendo sincero e eu não estou com raiva.

— Sky para com isso.

— O que eu fiz?

— Não sai desse quarto tem dois dias, não come e não dorme... vai ficar doente.

— Eu tô bem, só tô desanimada.

— Não, você tá depressiva. Olha, se foi pelo que eu disse....

— Eu tô bem Zayan... só preciso de um tempo sozinha..

Eu não queria que ele se preocupasse, mas a verdade é que eu nunca me senti dessa forma. Tinha um buraco no meu peito me lembrava de tudo que já tinha feito pra merecer o que estou sentindo e a verdade é que eu mereço sim...

Queria chorar e gritar mas estou aguentando firme tudo isso porque afinal quando esse contrato acabar toda essa ligação com essas pessoas vai terminar, vou ir embora e tentar encontrar um lugar pra viver sozinha como sempre.

— Você conhece Nova York?

— O que?

— Não é daqui, suponho que não conhece a cidade já esteve aqui antes?

—...não, nunca...

— Se veste eu vou te levar pra conhecer uns lugares importantes.

— Zayan eu não quero sair..

— Tem haver com o trabalho, vai precisar saber por onde anda. Se veste logo te espero na sala.

Mesmo não querendo sair do quarto ele disse que tinha haver com o trabalho e infelizmente se tem mesmo haver eu não posso dizer que não vou. Respirei fundo e vesti uma roupa confortável, meus pés estavam doloridos mas felizmente já estavam cicatrizando.

Desci depois de dez minutos repensando se deveria sair da cama, me sentia péssima e quando o encontrei na sala ele também já tinha se trocado.

— Podemos ir amanhã? Eu não tô mesmo com vontade de sair...

— Não, tem que ser hoje amanhã não vou ter tempo. Consegue andar?

— Consigo..

— Vamos pro carro.

Com dificuldade eu caminhei pra fora da casa com ele a minha frente, me surpreendi quando vi que havia um Bentley Mulliner Batur bem a frente da mansão, sou apaixonada por motos e carro e esse é um dos carros mais caros do mundo.