Situações antigas

295 39 7
                                    

Flashback on

5 anos atrás...

— Seria incrível pra nós ter a confiança do chefe você não acha? Ele tem uma rincha com meu irmão Zayan seria a vingança perfeita pro que ele me fez.

— Eu não tenho certeza Sarah, pode ser muito perigoso seu irmão tem a maior quadrilha de Nova York.

— Sim e metade dela deveria ser minha, deveria ser da nossa filha... consegue imaginar se o nosso chefe nos colocar pra fora? Vamos passar fome.

— Eu vou trabalhar pra conseguir alguma coisa e....

— Trabalhar? Com qual estudo Zayan você nem terminou a escola... eu sabia... sabia que deveria ter escolhido alguém com mais coragem pra ser o pai da minha filha, você vai ser a maior decepção dela.

Ela me convenceu quando disse isso, eu queria ser alguém pra minha menina queria que ela tivesse orgulho do pai que tem mas eu sei que ela não teria.

Comecei a planejar como faria pra entrar em uma casa tão bem vigiada e passei a observá-los por um bom tempo. Sarah me disse que tudo que Bruno tinha estava em um chip, eu sabia que os caras não me ajudariam e por isso não contei a eles, mesmo assim precisava de ajuda e decidi confiar em um "amigo" da gangue, Christopher.

— O que eu tenho que fazer?

— Vai ficar na costa perto da saída pro aeroporto, vai hakear as câmeras e me dizer pela escuta tudo que acontecer.

— Espero mesmo que me dê parte do que vai pegar se não eu acabo com você.

— Eu já disse, 50% de tudo é do chefe e o restante é meu, vou dividir com você Christopher é muito dinheiro.

Eu não estava fazendo isso pelo dinheiro, era sobre minha filha. Eu nem mesmo conhecia o chefe, ninguém conhecia mas ganhar a confiança dele seja lá quem fosse era a melhor coisa que eu poderia fazer pelo futuro da minha menina mas eu não sabia o quanto podia dar errado.

Planejei por semanas e correu tudo certo, entrei na casa, no escritório, e dentro do cofre lá estava o tal o chip. Era pequeno mas ainda sim dava pra ver que era extremamente importante.

Sai de lá da mesma forma que entrei, discreto e sorrateiro até que sem esperar Christopher me disse pela escuta que havia uma pessoa ali. Olhei para trás e no escuro do jardim eu pude ver um segurança me observar com o rádio de controle nas mãos. Eu estava com a roupa de segurança mas mesmo assim ele notou que eu não fazia parte da equipe.

— Ei você!

Eu sai correndo dali, disparei para fora dos muros correndo e logo eu escutei a sirene da polícia atrás de mim, não sei como mas quando dobrei a esquina o carro dos caras já estava ali e Ângelo me gritou pra que eu entrasse e assim eu fiz. O carro disparou pra longe, mas a polícia continuava nos perseguindo.

Ângelo dobrou a estrada e derrapou levantando a fumaça dos pneus, Dimas se debruçou na janela e atirou contra as viaturas e apenas conseguiu acertar uma delas. Max puxou uma granada de fumaça que costumávamos usar em situações assim e jogou para fora do carro embaçando a visão dos policiais nos dando tempo pra fugir.

— Que merda você fez Zayan?! Porra o que você fez?!

— Vai pra costa! Agora vai pra costa Ângelo!

Ele seguiu rápido e quando chegamos Christopher já nos esperava, ele entrou no carro mas novamente os policiais nos alcançaram, eu estava desesperado isso não deveria ter acontecido. Se formos pegos agora eu nunca mais veria minha filha.

— Christopher abre a boca.

— O que?! Como assim?

Tampei seu nariz e mesmo os outros não entendendo me ajudaram a segurá-lo, Dimas segurava seus braços e Max me ajudou a abrir a boca dele. Joguei o chip em sua garganta o forçando a engolir porque esse era o único jeito de não sermos pegos.

CriminalOnde histórias criam vida. Descubra agora