Criminal

Ao seu lado

— De onde você tirou isso?

— Ele tem uma filha Max.

— Eu não sei do que você tá falando.

— Ah porfavor para de fingir! Eu associei tudo, Zayan não tem família, ele não se sacrificaria por ninguém a menos que essa pessoa fosse seu próprio sangue... e você disse... ela...

Ele estava me olhando nervoso porque já sabia que não podia mais negar, não sei porque eles estão guardando segredo sobre isso mas agora que eu sei eles não podem mais negar.

—...eu entendo ele agora Max... quero ajudar..

— Então comece se afastando dele.

— Porque? Max o que eu fiz?

— Está sendo uma distração Sky!... cinco anos... sabe quanto tempo é isso?! E não estamos nem na metade do que temos que conseguir.

— Eu não vou distrair o Zayan do objetivo dele, acredite em mim eu vou ser útil e meu.... relacionamento ou seja lá o que for isso não vai atrapalhar.

— Queria acreditar Sky... mas... só nós quatro sabemos tudo o que passamos nesses cinco anos.

Max dizia isso com um peso grande, não sei dos detalhes mas obviamente não é só Zayan que está sofrendo com isso. Eles são amigos de verdade e mesmo não sendo a filha deles os três estão ali pra ajudar e apoiar. Bruno pegou a filha do Zayan e faz cinco anos, não consigo imaginar como ele deve se sentir com isso.

— Max olha pra mim... não sei como essa menina deve estar agora mas eu entendo ela melhor que qualquer outra pessoa. Fui entregue ao orfanato meus pais não me queriam...

— Mas Zayan quer ela.

— Eu sei mas talvez ela não saiba.... eu juro que vou fazer o impossível pra ajudar vocês a conseguir esse dinheiro rápido, mas porfavor precisa confiar de que o que Zayan e eu temos não vai atrapalhar.

Ele pareceu pensar por um instante e então apenas assentiu sem dizer nada. Max se tornou meu confidente meu amigo, e ele sabe que pode confiar em mim.

Quando saí do quarto a única coisa que ele me pediu foi pra não dizer ao Zayan que eu sei isso seria um segredo nosso e eu concordei, agora que sei seus reais motivos pra ser assim eu vou me dedicar ainda mais.

Estava indo pro meu quarto estudar quando o vi chegar ao corredor, da porta do seu quarto ele me encarou mas não disse nada e apenas entrou. Pensei em segui-lo mas ele parecia querer espaço e não o julgo depois da discussão na mesa do café, segui para o meu quarto e comecei a estudar, ouvindo a gravação que a professora me deixou e fazendo os exercícios de escrita.

Nem vi o tempo passar, o relógio tocou as cinco da tarde e só então notei o quão imersa eu estava naquilo. Tinha feito quase tudo e olhando para o caderno estava orgulhosa de mim mesma pelo meu trabalho, me assustei quando alguém bateu na porta e logo em seguida ela foi aberta.

— Posso entrar?.- ele estava com os olhos tristes e quando assenti ele respirou fundo.— Temos que conversar.

— Sobre o que?

Seus olhos desviaram até meu caderno e ele sorriu ao pegar pra analisar de perto o que eu tinha feito. Não estava perfeito mas já dava pra entender alguma coisa daquilo.

— Escreveu um texto sozinha?

—...tô me dedicando..

— Tá muito bom... Era sobre isso que eu queria falar, vamos ter uma missão importante daqui a dois dias.

— Do que precisa?

— Vai ser em um escritório de publicidade, vamos juntos mais vai precisar parecer...... inteligente...