Perto do fim

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Dentro da viatura algemado eu só conseguia pensar no que Apollo me disse, não levou nem um minuto pra conseguir fugir das algemas que seus homens me colocaram e ele já sabia que eu conseguiria fugir mesmo assim ele me sequestrou com o único objetivo de me afastar da minha filha.

Usei a mesma estratégia pra me livrar das algemas que os policiais me colocaram, esperei até que a viatura parasse em um sinal vermelho e então em um movimento rápido peguei a arma da cintura de um dos policiais.

— DEIXA A ARMA NO BANCO E SAI DO CARRO! AGORA SAI DO CARRO PORRA!

Sem poder fazer nada eles deixaram as armas ali e saíram do carro, tranquei as portas e assumi o volante da viatura dirigindo o mais rápido que podia até a mansão. Minhas mãos estavam tremendo, meu coração disparado e eu só queria poder chegar a tempo. Os policiais começaram a falar pelo rádio da viatura pedindo pra que eu me rendesse, eu sei que esse carro tem um localizador mas isso não me importa, tudo bem eu ser preso depois que tudo isso terminar contanto que minha filha esteja bem.

Peguei vários atalhos passando com o carro por cima da calçada quase atingindo várias pessoas, as ruas estavam lotadas era domingo em Nova York e a cidade estava um caos mesmo assim eu não diminui a velocidade e nem parei por um só minuto.

Cerca de vinte minutos depois correndo sem parar eu cheguei na casa, entrei correndo mas tudo que eu encontrei foi Dimas desmaiado no chão e vários corpos ensanguentados.

— Dimas! Porra acorda! Dimas!

Ainda desnorteado ele começou a acordar, dava pra ver que sua cabeça estava machucada e quando notou o que tinha acontecido pareceu desesperado.

— Onde tá Aurora?!

Eu... eu não sei...ela tava no meu colo e...

— Merda! Onde estão os outros?! Dimas onde estão?!

— Eu não sei... Zayan eu...

Sai correndo da casa e entrei novamente no carro, Dimas veio atrás de mim entrando no banco do carona e eu arranquei novamente com tudo pra fora dali. Procurei pelas redondezas desesperado por uma pista de onde eles poderiam ter ido mas nada, até que tive uma ideia.

— Liga o rádio da delegacia.

— Pra que?

— Porra Dimas liga logo!

Assim que ele ligou os policiais voltaram a falar comigo pedindo que eu me entregasse mas eu não iria fazer isso, não antes de deixar minha filha segura outra vez.

— Escutem bem, tem uma criança de cinco anos correndo perigo estão ouvindo?! Eu juro a vocês que depois de resgatar ela eu me entrego por vontade própria, mas eu preciso que me ajudem a resgatar ela.

Ouve um silêncio na linha por alguns instantes até que outra pessoa assumiu o rádio

— Aqui é o delegado do caso, peço que se entregue por vontade própria.

— Minha filha tá correndo perigo! Não consigo encontrar ela preciso de ajuda.

—... Quantos anos ela tem?

— Ela tem só cinco anos, eu juro que me entrego se me ajudarem a encontrar.

Ele não disse nada, o delegado ficou em silêncio e Dimas olhou pra mim tão preocupado quanto eu. Eu teria que me entregar mas só faria isso depois de resgatar Aurora seja lá com quem ela estivesse.

— Tudo bem... já que tem uma criança envolvida no caso vamos dar prioridade, nos dê a descrição física dela.

— Pequena pra idade, tem cabelo preto, olhos azuis e uma cicatriz grande na bochecha.

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