O RESGATE DE SÍRIUS...

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O sol ainda não havia nascido, mas os membros da ordem já estavam apostos, todos muito bem acordados e em forma, mesmo que alguns deles não tivessem concordado com aquela abordagem estavam prontos para dar o melhor de si em sua missão. Sem dúvidas a batalha mais perigosa que eles já haviam enfrentado em toda a sua vida.

A sala de Dumbledore se encontrava mais cheia do que de costume. Pessoas de famílias diferentes, origens diferentes e sobrenomes diferentes, mas todas elas tinham um objetivo em comum. A esperança de resgatar um amigo que estava prestes a ser perdido. Sendo o Lorde das Trevas um bruxo muito perspicaz ele certamente não perderia a oportunidade de ter ao seu lado em sua empreitada seu bichinho favorito.

— Acho que estamos todos prontos! — Disse Remus que foi o primeiro a passar pela rede de flúor e parar novamente na cabana.

Um a um os membros da ordem da fênix apareciam na casa que pertencia ao Sr. Oliver que um dia antes havia sido completamente destruída pelos comensais da morte quando faziam uma varredura do terreno para que ninguém fosse capaz de atrapalhar a empreitada do Lorde das trevas.

Levando em conta os lugares aos quais a Clareira Branca se transportava, a Albânia estando uma hora adiantada de Londres aos olhos do Lorde das Trevas era o lugar mais adequado para fazer tal ritual.

— Somos um grupo consideravelmente grande! — Thiago tomou a palavra. — Vamos nos dividir em quatro pessoas, assim poderemos atacar por todos os lado sem que fiquemos indefesos.

— Com certeza Sírius vai estar muito bem protegido! — Moody respondeu.

— É por isso Alastor! — Respondeu Thiago novamente. — Que você vai com Remus, sua experiência com magia das trevas vai ser muito útil para que ele chegue até Sírius!

— Perfeito! — Respondeu o Auror.

— Vamos precisar de um Chamariz para tirar a atenção de Voldemort! — Sugeriu Molly.

— Eu posso cuidar disso! — Disse Dumbledore. — Tom seria orgulhoso ao ponto de não recusar um duelo comigo!
— Tomara que o orgulho de Voldemort seja realmente tão grande quanto o senhor diz! — Disse Lilian.

Cada um com uma cópia do mapa que haviam ganhado do Sr. Oliver, eles saíram da cabana em grupos de quatro pessoas seguindo direções diferentes, menos Remus, Moody e Dumbledore que ficaram na cabana esperando que os outros tivessem tempo o suficiente para se posicionar nos pontos em que haviam sido definidos antes que Dumbledore pudesse chamar a atenção de Lorde Voldemort.

Uns dez minutos depois Remus na companhia de Alastor saiu pela floresta e para o alívio e sorte de todos a Clareira Branca realmente havia escolhido aquele lugar para estar aquele dia. Sírius estava protegido por uma redoma magica, seus olhos agora eram azuis, suas roupas eram todas pretas parecendo ternos com muita pompa e elegância, ele não usava nenhum anel.

— Ele nunca usaria aquelas roupas! — Remus disse estranhando completamente. — Ele ama aqueles anéis, não os tira nem para tomar banho!

— É porque, em grande parte, não é o Sírius quem está ali. — O olho de Alastor olhava ao redor atentamente. — Você o conhece muito bem, não é?

— Sim, ele é meu namorado!

— Consegue me dizer ainda a algum traço de personalidade do próprio Sírius ali?

— O cabelo, sem dúvidas… Ele sempre deixa a varinha presa no coque daquele jeito desde que eu o conheço! — Disse Remus. — E eu o conheço desde o primeiro ano.

— Certo… Então o nosso garoto ainda está ali! — Mesmo a notícia sendo boa, Moody não parecia animado. — Contudo a redoma que o protege me preocupa!

— Por quê?

— Você vai precisar ser muito rápido, Remus! — Moody lhe advertiu. — Quando a barreira for desfeita o Lorde das Trevas saberá!

— Você em todos os seus anos de experiência já viu uma pessoa ser salva pelo amor? — Remus perguntou.

— Eu já vi muitas coisas garoto! — Respondeu Moody. — A maioria dos bruxos que vi definhar foi por falta de amor, e respondendo a sua pergunta, sim. Já vi muitas pessoas serem salvas pelo amor.

— Então… — Remus pareceu receoso em continuar. — O senhor conseguiria me colocar dentro da mente do Sírius?

— Você ficou maluco garoto? — Moody parecia assustado. — Se eu te colocar na mente dele você terá que sair por conta própria, além do mais, o plano era trazê-lo para fora aqui de fora.

— É importante Sr. Moody! — Remus explorou. — Eu não posso arriscar chamar a alma errada porque não vou ter outra chance… Eu tenho que ir lá pegá-lo pela mão e trazê-lo de volta, eu preciso ver que é ele!

— Certo, mas como eu disse, seja rápido! — Advertiu ele. — Quando tudo isso acabar vou dizer ao Dumbledore que foi culpa sua!

— Depois que eu trazer Sírius de volta, aguento qualquer castigo! — Respondeu ele sorrindo.

Dumbledore não poderia estar mais certo sobre as atitudes que Voldemort tomaria em uma situação como aquela. Tomado por seu ego que sobrepôs a razão, ele deixou que sua sede de se provar e a vontade de matar Dumbledore se tornasse seu único objetivo naquele momento.

Logos os outros membros da ordem da fênix entraram em ação mantendo todos eles suficientemente ocupados para que Moody e Remus pudessem chegar a Sírius, mas Pedro que havia se escondido apareceu diante deles.

— Eu sabia que você não ficaria de fora dessa empreitada ridícula, Moony!

— Não me chame assim, você não tem esse direito! — Disse Remus erguendo sua varinha tão rápido quanto pode. — Estupefaça!

Pedro caiu desmaiada antes mesmo que pudesse se quer pensar em revidar, Moody sem perder tempo usou todos os seus conhecimentos para pôr abaixo aquela redoma, o que levou por volta de dez minutos e como ele havia previsto, Voldemort percebeu que seu feitiço de proteção havia sido desfeito.

— Agora é com você garoto! — Disse Moody. — Vamos segura-los o quanto pudermos, traga ele de volta. Seja rápido!

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