Billie
Dois meses depoisLea estava deitada ao meu lado, sua pequena mãozinha repousando sobre minha barriga. Ela estava lendo uma história para, segundo ela, Caleb dormir. E parece que funcionou, ele estava muito agitado em minha barriga, mas parece que a história de sua irmã fez com que ele se acalmasse
Caleb se aquietou na minha barriga enquanto Lea, com sua voz doce e tranquila, lia a história do "Pequeno Príncipe". Ela falava sobre as aventuras do príncipe com os planetas e sua rosa, e cada palavra parecia um carinho, pois a agitação de Caleb diminuía a cada frase.
-- E o Pequeno Príncipe aprendeu que o importante não é só ver com os olhos, mas sentir com o coração -- Lea dizia, sua expressão séria e concentrada enquanto passava as páginas do livro, que de tanto S/n e eu ler para ela, ela já decorou boa parte. Eu acariciava seus cabelos, maravilhada com a ternura com que ela assumia seu papel de irmã mais velha, mesmo antes de Caleb nascer. -- Você acha que ele está ouvindo, mamãe?-- Lea perguntou, olhando para mim com seus olhos curiosos.
-- Tenho certeza de que sim, meu amor -- eu respondi, sorrindo e colocando minha mão sobre a dela em minha barriga. -- A voz da irmãzinha dele é a música mais doce que ele pode ouvir aqui dentro.
Lea sorriu, satisfeita e um pouco corada com o elogio, e continuou a leitura, agora ainda mais animada.
-- Ele vai adorar conhecer você e ouvir todas essas histórias pessoalmente, você sabe -- eu disse suavemente, imaginando o momento em que nossos dois filhos finalmente se encontrariam. A ideia disso enchia meu coração de uma alegria quase palpável, uma doce antecipação dos dias que estavam por vir. Lea acenou, determinada, e beijou minha barriga suavemente.
-- Vou contar todas as histórias do mundo para ele, mamãe.-- E naquela noite, enquanto Lea lia e Caleb ouvia dentro da barriga, eu senti uma paz imensa nos envolver, um laço de amor já forte entre irmãos, tecido através das palavras e sonhos compartilhados em nosso pequeno santuário familiar.
-- cheguei habibi... Ola âmari -- S/n entra no quarto, ele beija minha testa e então deixa um beijinho na testa de Lea
-- Caleb esta mimindo, eu contei uma história para ele e agora ele esta quietinho -- Lea adverte a mãe, que concorda minimamente
-- então farei silêncio para não acorda-lo -- S/n diz falando baixinho
S/n senta-se ao nosso lado na cama, seu sorriso largo iluminando o quarto já meio escurecido pela noite que se acomodava lá fora. Ela passa a mão carinhosamente pelo cabelo de Lea, depois delicadamente sobre minha barriga, como se pudesse sentir o pequeno Caleb respirando calmamente dentro de mim.
-- E como estão minhas princesas esta noite? -- ele sussurra, mantendo o tom de voz baixo, respeitando o sono fictício de Caleb.
-- Estamos bem, não é, Lea? -- digo, olhando para nossa filha, que acena com a cabeça, sorrindo para a mãe.
-- Eu li para o Caleb, e ele gostou tanto que resolveu dormir -- ela explica orgulhosa, fazendo S/n abrir um sorriso ainda maior.
-- Você é a melhor irmã que o Caleb poderia pedir -- ela diz, beijando novamente a testa de Lea, que se aconchega mais em mim, claramente satisfeita com o elogio.
S/n então olha para mim, seus olhos cheios de amor e uma ponta de cansaço do dia longo de trabalho.
-- E você, habibi, como está se sentindo? Precisa de alguma coisa?
-- Só de você aqui com a gente -- respondo, estendendo a mão para segurar a dela, entrelaçando nossos dedos. -- Agora que você chegou, nosso dia está completo.
-- Então estou no lugar perfeito -- ela diz, inclinando-se para beijar minha mão. -- Com minhas garotas e nosso pequeno Caleb dormindo aqui.
Nós ficamos assim por um momento, todos juntos, o silêncio confortável apenas quebrado pelos sons suaves da noite. Era simples, era cotidiano, e era perfeitamente nosso. S/n decidiu tomar um banho rapido, voltando minutos depois exalando um cheirinho de hidratante.
-- eu posso mimir com vocês hoje? Eu to com saudade de dormir com a mamãe... -- Lea diz baixinho -- e eu ouvi um colega falando, que quando um irmãozinho nasce, o irmão mais velho não é mais o bebê da casa, e não dorme mais com as mamães, não ganha mais colinho e mais um montaaaao de coisas -- ela diz meio tristinha
-- isso não é verdade!-- S/n contesta -- você sempre será a bebê da mami e da mamãe, você pode ganhar colinho sempre que precisar, vai poder dormir com a gente quando quiser... Você vai continuar sendo muito amada
Eu sorrio, estendendo o braço para trazer Lea para mais perto, envolvendo-a em um abraço quente e reconfortante.
-- Isso mesmo, querida. Ter um irmãozinho não muda o quanto nós te amamos. Você sempre será nossa menininha, e teremos sempre tempo e amor para você, não importa o quê -- eu digo, beijando sua testa com ternura.
-- E olha só, você ter um irmãozinho significa que você terá alguém para brincar, cuidar, e ensinar tudo que você já sabe. Você vai ser a irmã mais velha, o que é uma posição muito especial -- acrescenta S/n, tentando levantar seu ânimo.
Lea parece ponderar essas palavras, seus pequenos olhos analisando nossos rostos em busca de sinceridade. Lentamente, um sorrisinho começa a aparecer em seu rosto.
-- Então... posso dormir aqui hoje? -- ela pergunta novamente, esperançosa.
-- Claro que sim! -- respondo prontamente, abrindo mais espaço na cama. -- Vamos nos acomodar todos juntos. Será uma noite especial em família.
S/n ajuda a ajeitar os travesseiros enquanto Lea se acomoda entre nós, o rostinho iluminado pela promessa de uma noite aconchegante.
-- Vamos fazer isso mais vezes, tá? Mesmo depois que o Caleb chegar -- S/n diz, e nós duas concordamos antes de desligar as luzes, envolvendo-nos em um abraço familiar, pronto para adormecer sob a mesma coberta de carinho e cuidado mútuo.
De repente S/n puxa Lea para seus braços, começando a encher a pequenina de beijos. Lea solta uma gargalhada tão gostosa, que acabou sendo contagiante, me fazendo rir junto a ela.
-- F-Faz... Faz cosquinha mami!-- Lea fala entre gargalhadas infantis
S/n sorri, continuando a fazer cosquinhas em Lea, que tenta escapar entre risadas e gritinhos. A alegria contagiante dela aquece o quarto inteiro.
-- Eu vou fazer cosquinha até você dizer que é a minha bebê! -- brinca S/n, mantendo o jogo leve e divertido.
-- Eu sou! Eu sou a sua bebê mami! -- Lea responde, ainda rindo, tentando afastar as mãos de sua mami.
Finalmente, S/n para, deixando-a recuperar o fôlego. Lea se aconchega entre nós novamente, ainda sorrindo.
-- Agora, que tal tentarmos dormir um pouquinho? -- sugiro, vendo que todos estamos um pouco mais relaxados.
Lea assente, enrolando-se mais perto de mim, com S/n deitada de um lado dela, formando um pequeno ninho familiar. O quarto se acalma com o som da respiração tranquila de todos, e logo, envolvidos nesse calor familiar, mergulhamos no conforto de uma noite de sono juntos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Acaso (Billie/You Gp)
Fanfic-- Billie, do que está falando? eu juro que não faço ideia do porque está tão irritada, achei que estivessemos bem -- eu reviro meus olhos com sua fala -- Como consegue ser tão dissimulada? Você some por anos, não atende minhas ligações, não vê minh...