Acaso (Billie/You Gp)

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Billie

Eu estava preparando o almoço quando Caleb passou por mim correndo apenas de fralda. O pequenino gargalhava alto, com aquele riso contagiante que só uma criança pode ter. Logo atrás, S/n vinha correndo também, rindo e segurando algumas peças de roupa de Caleb.

-- Caleb, volta aqui! -- S/n chamava, tentando segurar o riso enquanto perseguia o nosso pequeno aventureiro. Lea passou em seguida, rindo dos dois, encantada com a cena.

-- Mamãe, o Caleb não quer se vestir! -- Lea disse entre risos, parando ao meu lado.

-- Parece que temos um pequeno fugitivo! -- comentei, sorrindo ao ver a felicidade estampada no rosto dos meus filhos e da minha esposa.

Caleb correu pela sala, desviando habilmente dos móveis, ainda gargalhando. S/n finalmente conseguiu alcançá-lo e o pegou no colo, abraçando-o enquanto ria.

-- Peguei você, seu danadinho! -- S/n disse, beijando a bochecha de Caleb, que ainda ria, mas agora mais calmo.

-- Hora de se vestir, Caleb -- falei, me aproximando e acariciando os cabelos do meu filho. -- Vamos almoçar daqui a pouco.

— Não! — Caleb respondeu risonho, jogando sua cabeça para trás ficando quase de ponta cabeça

S/n começou a vestir Caleb, que se remexia um pouco, mas sem resistir muito. Lea observava tudo com um sorriso divertido no rosto.

-- Você é uma grande ajudante, Lea -- disse, acariciando os cabelos dela. -- Obrigada por ajudar a cuidar do seu irmão.

-- De nada, mamãe! -- Lea respondeu, orgulhosa. -- Eu adoro brincar com o Caleb.

Finalmente, S/n conseguiu vestir Caleb, e o pequenino estava pronto para o almoço. Peguei os pratos e comecei a colocá-los na mesa, sentindo uma enorme gratidão por esses momentos simples e cheios de alegria.

-- Vamos almoçar, família! -- anunciei, chamando todos para a mesa.

Enquanto nos sentávamos para a refeição, não pude deixar de pensar em como somos sortudos por termos uns aos outros. As risadas, as brincadeiras e até os pequenos desafios do dia a dia faziam parte daquilo que nos tornava uma família tão especial. E eu não trocaria isso por nada no mundo.

-- Blilha, blilha, telelinha -- Caleb começou a cantar "Brilha, brilha estrelinha" durante o almoço. Às vezes, ele fazia uma pequena pausa para comer um pouco do conteúdo em seu prato.

-- Mamãe... Posso não comer as ervilhas? -- Lea questionou, me olhando em expectativa.

-- Por que você não gosta das ervilhas, meu amor? -- perguntei, querendo entender melhor a aversão dela.

-- Elas são muito verdes e têm um gosto estranho... -- Lea respondeu, fazendo uma careta.

-- Tudo bem, Lea. Mas lembre-se de que é importante tentar comer um pouquinho de tudo para ficar forte e saudável, tá bom? -- sugeri, tentando encorajá-la.

-- Tá bom, mamãe. Eu vou tentar comer algumas... -- Lea disse, pegando uma ervilha com o garfo e fazendo uma cara engraçada antes de comê-la.

S/n sorriu para mim, e eu retribuí o sorriso, sentindo a felicidade simples desses momentos em família.

-- Vocês são incríveis, sabia? -- disse, olhando para S/n e nossos filhos. -- Tenho tanta sorte de ter vocês.

-- Nós também temos sorte, mamãe! -- Lea respondeu com entusiasmo. Caleb, ainda cantarolando sua música, sorriu para mim e para S/n, balançando a cabeça ao ritmo de sua canção.

Enquanto terminávamos nosso almoço, senti uma onda de amor e gratidão envolvendo nossa pequena família. Cada risada, cada música cantada, e até cada pedido para evitar ervilhas fazia parte do que éramos juntos. E isso era tudo que eu poderia pedir.

(...)

Durante o fim de tarde eu estava aproveitando que S/n se voluntariou para brincar com as crianças, para colocar algumas das minhas coisas em dia. De repente, S/n entra no quarto vestindo uma capa preta e um chapel. Caleb vinha atrás com uma espada, e Lea logo atras com um cavalinho e um arco e flechas.

-- Vocês nunca vão me vencer porque... Porque eu vou virar um dragão que cospe fogo -- S/n fala e Caleb solta um gritinho, se virando e correndo para o lado oposto. Mas sua mami é mais rapida, pegando-o em seus braços, imitando o som de um dragão.

-- Oh não! O dragão pegou o Cavaleiro Caleb!-- Lea diz mirando em S/n com seu arco e flecha

S/n "joga" Caleb com cuidado na cama, fazendo o pequeno rir. Mas, ele embarca na atuação, e permanece deitado quietinho.

-- Taleb... Moendo... -- Ele diz fingindo estar com a voz fraquinha.

-- Naaaaaooo... Fada do bosque faz alguma coisa, use seus poderes!-- Lea diz apontando para mim

-- Eu sou a fada do bosque?-- Questiono rindo da interação toda

-- É mamãe, ajuda o Caleb -- Lea diz e eu concordo

Enquanto observava a cena, me senti imensamente grata por esses momentos de pura imaginação e diversão. S/n estava fazendo um trabalho incrível, e era lindo ver nossas crianças tão envolvidas na brincadeira.

-- Certo, certo! A fada do bosque está aqui para salvar o Cavaleiro Caleb! -- disse, levantando-me e indo em direção à cama onde Caleb estava deitado.

Fiz alguns gestos exagerados com as mãos, como se estivesse lançando um feitiço poderoso. Caleb olhou para mim com olhos brilhantes, ansioso pelo próximo passo, não conseguindo segurar sua risada gostosa.

-- Pela magia do bosque encantado, que o Cavaleiro Caleb recupere sua força e coragem! -- disse, tocando levemente a testa de Caleb. Ele deu um pulo e começou a se mexer animadamente.

-- Tá vivo! Taleb vivo! -- ele disse, levantando-se de um salto, cheio de energia renovada.

S/n soltou um rugido de dragão, fingindo estar assustada com a recuperação milagrosa de Caleb.

-- Oh, não! A fada do bosque conseguiu salvar o Cavaleiro Caleb! -- exclamou, fazendo um movimento dramático para trás.

-- Vamos, Fada do Bosque, ataque o dragão! -- Lea disse, apontando seu arco e flecha na direção de S/n.

-- Muito bem, vamos unir nossas forças! -- disse, pegando uma almofada e fingindo que era uma arma mágica. Juntos, Lea, Caleb e eu começamos a "atacar" o dragão S/n com risadas e golpes imaginários.

S/n, sempre a atriz dramática, caiu na cama, fingindo estar derrotada.

-- Vocês... me venceram... -- ela disse, ofegando falsamente. -- O dragão foi derrotado...

Caleb e Lea comemoraram, pulando na cama ao lado de S/n. Eu me sentei e observei a alegria nos rostos deles, sentindo-me tão feliz e realizada.

-- Vitória! Vitória!-- Lea gritava, dançando ao redor da cama.

-- Vitóla! -- Caleb repetia, pulando em minha cama, ainda segurando sua espada de brinquedo.

S/n me deu um sorriso cúmplice e eu sorri de volta, sabendo que esses momentos eram os que realmente importavam. Nossa pequena família, envolvida em uma aventura mágica no fim da tarde, era tudo o que eu poderia pedir.