Capítulo 35

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Joguei meu corpo contra o de Eli assim que o moskowitz abriu a porta de sua casa pra mim.

— Chegou meio cedo pra quem foi em um brunch — Ele disse em um tom meio distante quando me afastei.

— Não tava assim tão bom.

Um silêncio desconfortável pesou entre nós?

— Você quer entrar?— Ele perguntou e eu assenti sem conseguir nem dizer que sim.

Nós sentamos no mesmo sofá, mais distante do que sempre nos sentamos e isso não me incomodou ou pareceu incomodar o garoto.

Mais uma vez silêncio.

— E o que você fez hoje?— Tentei puxar assunto.

— Eu treinei, na praça, já que o sensei não reabriu o dojo ainda — Disse despreocupado — Os outros estavam lá também.

Assenti sem saber o que dizer sobre isso, totalmente previsível e rotineiro da rotina dele.

— Na volta pra casa eu dei uma carona pra Moon, ela e a Yasmine ainda estão brigadas.

Isso não era nada previsível.

— Moon aguentou muito tempo, Yasmine é insuportável.

— É — Nos encaramos e em seguida os dois voltamos a olhar para a tv.

— E como ela está, vocês conversaram?

Me lembrei da fogueira quando eles flertaram horrores, mas a cena com Robby me fez perder a atenção nos talvez casais da noite.

— Não muito, o caminho era curto.

Me levantei me sentindo totalmente estranha e desconfortável com aquele clima.

— Acho que preciso ir pra casa, ainda tenho que organizar algumas coisas pra voltar à escola.

— Eu levo você, vou só pegar a chave do carro.

Eli dirigia concentrado a caminho da minha casa.

— Quer comer alguma coisa?

Eu acabo de vir de um brunch, acho que já comi o suficiente.

Mas eu não quero chateá-lo dizendo não.

— Claro — Consegui responder depois de alguns minutos.

— Legal — Ele disse só virando uma rua e parando em uma conveniência.

Eu não quero comer.

Sorri pra ele quando descemos o carro.

Logo na porta da conveniência Kyler e mais alguns garotos bebiam cerveja e fumavam.

Eli logo mudou sua postura ao ver os garotos e esticou sua mão pra agarrar a minha.

Sei o quanto esses garotos o afetaram e quando ele sente que precisa estar melhor que eles.

— Olha se não é o lábio e a meninas malvadas — Ele provocou.

Mas o ignoramos passando direto.

— Tenho certeza que ele está dando uma grana pra ela fingir que fode com ele, ela não queria antes, não ia mudar de ideia agora.

— O que vai querer?— Ele me perguntou já dentro da loja.

Apoiei minhas mãos sobre seu abdômen agora mais definido que antes e sorri olhando pra ele.

— O que o meu amorzinho quiser, depois de hoje, mais cedo eu estou morrendo de sede — Falei em um tom um pouco mais baixo, mas sabia que os garotos lá fora poderiam ouvir.

A porta está aberta e não estamos distantes dela.

Eli me olhou sem entender, coloquei minha mão sobre seu rosto e o puxei pra um beijo rápido, sussurrei um "vai na onda" baixinho contra sua boca.

— Vou pegar um energético pra minha gata então, porque você vai precisar pra quando voltarmos pro meu quarto.

Eu quis rir.

Mas apenas o beijei mais uma vez.

Mas não era daquele beijo que eu precisava.

Por Você - Robby KeeneOnde histórias criam vida. Descubra agora