Amor.
A palavra vacilou nos meus lábios por um instante.
Até onde o amor pode levar as pessoas?
E correndo agora em direção ao que poderia ser o meu fim, eu me perguntava:
Aquilo era amor?
Se tem uma coisa que aprendi foi que amor e ódio não são opostos, e sim vizinhos divididos apenas por uma fina cortina, a qual, com apenas uma soprada, pode se romper. Em um piscar de olhos, aquele que via sua vingança em meio ao amor estava, na verdade, na casa ao lado. E aquele com a justiça pode até ter acabado se perdendo no meio do caminho, mas, no fim, bateu à porta da casa certa.
Sim, eu amei poucas coisas nessa vida, porém não me arrependo de nenhuma delas. E é por elas que estou fazendo isso.
Eu tenho tudo a perder.
Se me perguntassem alguns anos atrás se eu me sacrificaria para salvar o que amo, provavelmente eu diria que não.
Eu não amava nada.
Aquilo era ódio?
Muitas coisas mudaram na minha vida desde que eu era pequena. Nunca imaginei que tudo isso um dia viria a acontecer.
Minha mãe, meu pai, minha casa, minha família, tudo isso foi tirado de mim quando eu tinha apenas dez anos de idade.
O último grito, o último choro, o último sofrimento.
Passei anos desejando pelo fim no qual a minha guerra terminasse em paz.
Sem tortura, sem mortes.
O problema é que eu não havia percebido que aquele era o único final em que as coisas terminariam bem.
Não foi por opção, não foi por desejo, eu não tive escolha.
Minhas mãos em breve estariam encharcadas com o sangue da guerra.
E, enfim, eu pude ter certeza: era amor.
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Warrior | Livro 1
ActionEnquanto os Vingadores lutavam para salvar o mundo, Alice enfrentava um dilema existencial: seria ela a heroína destinada a brilhar na luz da justiça, ou a vilã que sucumbe à escuridão de seus próprios medos? Cada confronto a levava mais fundo em um...