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— O que? – Steve perguntou atônito, o tom de sua voz carregado de preocupação.

Natasha se virou imediatamente e olhou pelo vidro traseiro, seus olhos se estreitando enquanto examinava a situação.

— Vire aqui. – Ela ordenou com firmeza, e Steve manobrou a van para a primeira rua à esquerda.

Natasha espiou pelo retrovisor e notou que o carro perseguidor grudou o parachoque na traseira da nossa van.

— Alice estava certa. – Natasha confirmou, a voz firme mas carregada de tensão. – Pisa fundo, Steve!

Steve não hesitou e acelerou. O motor rugiu enquanto a van disparava para frente, e o carro perseguidor não ficou para trás, aumentando a velocidade e colando-se a nós como uma sombra ameaçadora.

— Quem é esse cara? – Eu perguntei, a voz embargada pelo pânico.

Steve entrou em uma rua estreita e congestionada, tornando nossa fuga ainda mais complicada. O tráfego era intenso, e a van balançava violentamente à medida que Steve manobrava habilidosamente entre os carros, mas a situação estava se tornando desesperadora. Quatro motoqueiros mascarados surgiram de repente, rodeando nossa van e tornando a perseguição ainda mais caótica.

Lancei um olhar apressado para trás e engoli seco ao ver o perseguidor com uma arma apontada diretamente para nós. Com um grito involuntário, me abaixei enquanto o vidro traseiro estilhaçava em milhares de fragmentos, criando um som ensurdecedor e uma chuva de vidro.

Meu corpo começou a tremer, e eu hiperventilava com a ânsia do pânico me sufocando. Olhei para Clint, que tinha um pequeno corte em sua bochecha. Ele rangeu os dentes ao tocar no machucado, a dor clara em seu rosto. Ouvi o baque de uma moto se chocando contra a lateral da van, fazendo-a balançar violentamente. Steve jogou o carro para o lado, sua expressão era uma máscara de determinação endurecida pelo medo.

Um tiro seco ressoou, e um afundamento apareceu na porta, a prova de que o perigo estava muito mais próximo do que imaginávamos. Minhas mãos suadas se agarraram ao banco, e ao olhar para Steve, vi suas mãos firmemente agarradas ao volante, os dedos brancos de tensão. Natasha e Steve tinham uma expressão impassível, mas o nervosismo se revelava na rigidez de seus corpos.

— Ok, acabou a farra. – Tony rugiu, o tom de sua voz cheio de raiva e desespero. Ele apertou um botão em seu relógio, e sua armadura de ferro se estendeu até os punhos, cobrindo-o parcialmente.

Ele estourou o vidro lateral e começou a atirar contra os motoqueiros. As balas ricocheteavam e cortavam o ar, e os motoqueiros, ágeis e habilidosos, desviavam entre os carros e os ataques de Tony, criando uma troca de tiros violenta e frenética.

— Steve, cuidado!

Um obstáculo à frente bloqueou nosso caminho, forçando Steve a desviar bruscamente e entrar na rodovia na contramão. O som dos pneus cantando no asfalto foi ensurdecedor, e eu fechei os olhos, o coração batendo forte contra o peito. Correndo na direção oposta ao tráfego, a van e os motoqueiros continuavam a perseguição implacável. Natasha vasculhou o porta-luvas e pegou seu revólver, juntando-se a Tony na luta desesperada. Os tiros secos ecoavam como trovões em um céu de caos.

Mais dois disparos. O retrovisor esquerdo da van foi arrancado, e Steve murmurou algo inaudível, seus olhos fixos na estrada. Olhei para trás novamente e vi um dos motoqueiros desaparecer em uma cambalhota explosiva, uma imagem perturbadora que fazia meu estômago se revirar.

Natasha e Tony conseguiram eliminar os motoqueiros restantes, mas o principal inimigo continuava à nossa cola. O trânsito estava um caos total, com carros freneticamente tentando evitar o embate. Steve mantinha os olhos fixos na estrada, sem piscar, o foco absoluto em evitar os outros veículos que vinham na contramão.

Warrior | Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora