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Era como se estrelas estivessem caindo na Terra, explodindo milhares de vezes em uma cascata de branco cegante. O tapete vermelho, ao desembarcar do carro, intensificou ainda mais essa claridade, fazendo meus olhos arderem enquanto eu tentava discernir o caminho à minha frente.

A mão firme de Tony rodeou minha cintura, me guiando entre o ruído ensurdecedor dos flashes que nos rodeavam.

— Senhor Stark!

— Senhor Stark!

— Senhor Stark!

Os repórteres, ávidos por respostas, nos cercaram, inundando-nos com perguntas.

— Senhor Stark, é verdade que vocês estão em um relacionamento?

— Senhorita Alice, se importa de responder algumas perguntas para nós do Buzzfeed?

A mulher apontou um microfone para mim.

— Sim. – Tony respondeu com um tom seco, enquanto os microfones registravam cada uma de suas palavras. – Ela se importa.

Não demorou para que fossemos novamente encharcados por um tsunami de chamadas.

Num esforço para subir as escadas sem incidentes, aceleramos o passo, contornando a multidão de jornalistas e paparazzi que se aglomeravam ao nosso redor, desesperados por qualquer material.

— Senhorita Duncan!

Uma mão na multidão arranhou meu braço, fazendo-me dar um pulo.

— Ei! Não toque nela! – a voz de Tony irrompeu, carregada de raiva.

Ele me puxou para mais perto, em um gesto protetor.

— Você está bem? – sussurrou ele.

Assenti, enquanto ele me guiava até o último degrau, mantendo-me perto dele. Eu me sentia dividida entre apreciar ou não o modo como ele me segurava – firme, possessivo, e nada parecido com o carinho que havia demonstrado na noite anterior.

Percebemos que havíamos parado diante de uma parede estampada, sem entender muito bem o motivo, até que Tony indicou os fotógrafos profissionais, deixando claro que era hora de posar para as câmeras.

Tony, com um sorriso terno, aproximou-se, deslizando sua mão pelo meu braço até entrelaçar seus dedos no meus. Confusa, olhei para ele, incerta do que fazer. Como se me dissesse "apenas seja você", ele apertou minha mão levemente, e assim fiz.

Sem um sorriso, com a testa franzida e as sobrancelhas ligeiramente arqueadas, mantive a expressão que sempre carregava: intimidadora, a expressão de poucos amigos. Aquela careta que as freiras sempre detestaram, e que eu adorava.

Tony percebeu meu semblante mais fechado e depositou um beijo delicado nas costas da minha mão, movimento capturado pelas câmeras. Ele riu descontraído, enquanto minhas bochechas coravam novamente.

Optei por não encarar as câmeras, concentrando-me em olhar fixamente para Tony. Ele fazia caretas para arrancar um dos meus sorrisos, enquanto uma vergonha alheia crescente e uma ponta de raiva se misturavam dentro de mim. As fotos, sem dúvida, ficariam engraçadas.

Após mais algumas poses, Tony encerrou seu espetáculo jogando um beijo para os fotógrafos. 

Quando estávamos prestes a entrar no salão, eu questionei:

— O que foi aquilo?

— Aquilo o quê?

— Você sabe do que estou falando.

— Ah, das caretas?

— Não só delas, mas daquele... beijo.

Enquanto entrávamos no salão decorado com balões dourados e brancos, Tony parou no guarda-volumes para deixar seus pertences. Enquanto retirava as coisas dos bolsos, ele respondeu:

Warrior | Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora