14. Beijos Roubados no Pôr-do-sol

82 6 3
                                    

 Estou sorrindo contra seus lábios, meus dedos brincando a corrente do cordão em seu pescoço

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Estou sorrindo contra seus lábios, meus dedos brincando a corrente do cordão em seu pescoço. Ele se afasta e apenas olha para mim, os olhos de obsidiana brilhando de pura devoção. Nunca pensei que um dia alguém olharia para mim assim.

 —  E-Eu... eu só... —  ele suspira, desviando o olhar enquanto abre um sorriso bobo.

Mordo meu lábio inferior com a consciência de que provavelmente estou corando. De novo.

Encosto minha cabeça no armário atrás de mim.

—  Você... você é maravilhosa —  ele diz, olhando para mim outra vez antes de se aproximar de novo, os lábios abraçando os meus.

Somos interrompidos pelo sinal de que a próxima aula vai começar. Ele se afasta suspirando, suas mãos ainda em minha cintura.

Sua testa toca na minha e eu fecho os olhos, aproveitando a proximidade.

—  Nos vemos no próximo intervalo?

Eu rio, baixinho e assinto. Ele ri de volta e se afasta, suas mãos deixando minha cintura. Assisto-o suspirar pesadamente.

Mike curva a cabeça, sua respiração frenética como quem está perturbado.

—  Mike? —  Ele olha para mim, os olhos negros agitados.

Me aproximo devagar, tomando sua mão.

—  Isso é loucura... —  ele se vira de costas, a mão deslizando pelos cachos.

Minha cabeça cai para o lado enquanto afasto uma mecha castanha do rosto.

—  O quê? — pergunto baixinho, a mochila pendendo em meu ombro.

Pessoas passam por nós, mas sem nos verem de verdade.

— A gente. Nós — ele responde, meio exasperado. — Meu coração está prestes a sair do peito porque sei que vou ter que ficar longe de você.

Um sorriso orgulhoso desliza sobre meus lábios e ele ri, dando um passo em minha direção.

Mike beija minha testa e minha boca antes de se afastar outra vez.

—  Até mais tarde! — ele sussurra e percebo nuances de desespero e ansiedade na forma esganiçada com que sua voz soa. 

—  Até! 

Sorrio, apertando a alça da mochila enquanto espero ele se afastar.

—  Vai na frente —  ele pede e isso me faz rir, por algum motivo.

Mas, faço como ele pede. Sigo em frente, a caminho da aula de Biologia, com um sorrisinho bobo no rosto.

É estranho me sentir assim por alguém. Nunca me senti dessa forma com Dylan antes. Esse pensamento faz eu me sentir um pouco culpada.

Mestres do UniversoOnde histórias criam vida. Descubra agora